13 de maio: Pamonharia celebra 21 anos de sucesso, com história de lutas e superação


Um doce ponto de parada virou referência na região, especialmente das pessoas que trafegam pela BR 376, entre Dourados e Fátima do Sul. É a Pamonha 13 de Maio, que tem em iguarias à base de milho o protagonismo de seu sucesso.
Nesta terça-feira, a pamonharia completa 21 anos de funcionamento, mas tudo começou com uma pequena banca e uma caixa de isopor debaixo de uma árvore, montada pelo casal Célia e Manoel Torres. No começo, o casal vendia apenas a pamonha de milho. “Devido ao sucesso de nossa pamonha, resolvemos ampliar o negócio, montando um quiosque debaixo de um pé de árvore, ao lado da antiga banca”, afirma Manoel e Célia
Sobre o sucesso da pamonharia, Manoel disse que ele vem da qualidade e higiene no preparo, predicados endereçados à sua Célia. “Conforme foi aumentando as vendas, aumentou também a responsabilidade em fazer um produto cada vez melhor”.
Dias de luta – Conforme Manoel, o negócio começou quando o casal perdeu três safras seguidas em sua pequena propriedade. O revés provocou muitas dificuldades financeiras e eles perderam a terra e os bens por conta da falência. A disposição para o trabalho, porém, foi mais forte que o fracasso e a queda nas safras.
Para sobreviver, Manoel ficou fazendo pequenos serviços em outras propriedades e também procurou empreender plantando tomate. Célia, por sua vez, ajudava no sustento família trabalhando fora como doméstica. Em 2004, Manoel e Celia resolveram montar a banca para vender pamonha.
A decisão foi acertada e o casal comemora o sucesso da aposta na iguaria de milho como opção de negócio e de uma vida com mais dignidade. Com o passar do tempo, as opções aos clientes foram aumentando, necessitando também a ampliação do espaço.
Da pequena banca de Manoel e Célia, hoje a Pamonharia 13 de Maio é uma empresa geradora de emprego e renda. Atualmente são 22 pessoas trabalhando em dois turnos, além do casal e o filho José Carlos Mendes Tores. Também já passaram pelo balcão outros familiares, como filhos e netos.
Ao completar 21 anos de sucesso, Manoel e Célia calculam que a jornada de trabalho diário da família é, muitas vezes, de mais de 18 horas. “No começo foi a pé, somente a cara e a coragem. Ela ficava na banca e eu saia como ambulante com um isopor nas costas. Hoje os meios de locomoção são mais fáceis, mas o tempo de trabalho continua o mesmo”, pontua Manoel.