Jornalistas de Rondonópolis reagem a ataques e fazem manifesto em defesa da categoria

Em foto tirada em 2019, grupo é a base da Associação de Jornalistas de Rondonópolis e Região: “Não vão nos calar”

Vem do Sul do Mato Grosso mais um grito contra os ataques aos trabalhadores  da mídia e os meios de comunicação. A covardia das agressões, quase sempre escondidas atrás de perfis falsos de rede social, mostra o verdadeiro caráter de pessoas do mal que, falando em nome das pessoas de bem, vomitam palavrões e até ameaças contra os jornalistas e o jornalismo.

Como reação às agressões diárias que a categoria vem recebendo nos últimos anos – e até patrocinadas por grupos políticos e ideológicos -, um grupo de mais de 60 jornalistas que atua em Rondonópolis e região assinou um manifesto repudiando ataques contra a imprensa.

O manifesto está sendo divulgado nos veículos de comunicação e também foi publicado nas redes sociais. Ele também foi lido na sessão virtual da Câmara de Rondonópolis, onde a jornalista Cinthia Braga fez a leitura do documento no espaço da tribuna livre.

No documento, o grupo enfatiza que o além de repudiar aos ataques, o foco é levar para a população informação de qualidade.

Leia abaixo o manifesto completo

                                                                       MANIFESTO

Por: Grupo de jornalistas de Rondonópolis e região

Jornalistas repudiam ataques: nosso foco é levar informação de qualidade

Neste Brasil de incertezas e de polarização política, o jornalista – aquele que relata o fato – está sendo desrespeitosamente atacado por quem não concorda com o acontecimento.

O que temos assistido, infelizmente, é uma distorção de finalidade sem precedentes.

A notícia passou para o segundo plano. A atenção e importância que deveriam ser dadas ao assunto passou a ser empenhada à pessoa do repórter.

Absurda e “estrategicamente”, a pergunta sobre O QUE se fala cedeu espaço para QUEM fala.

Agora, aquele que relata o fato virou alvo de críticas e ataques por quem nega a realidade e por todos aqueles que não sabem o que pensar e dizer e acabam entoando juntos um mesmo coro.

Um verdadeiro ataque em massa ao jornalista, o mensageiro, e não ao fato.

No jornalismo, fato é fato. Não muda. É a realidade. É o que aconteceu, o que é considerado verdade. A partir dele, são feitas leituras, essas sim, de cunho pessoal, as quais dependem da visão do profissional, da sua cultura e contextualização.

Diante da situação de desrespeito ao profissional que sai todos os dias de casa para trabalhar e relatar aos leitores, telespectadores, ouvintes e internautas os fatos com zelo e qualidade; que nessa pandemia está na linha de frente em contato com quem quer que seja, para que a sociedade fique bem informada; que não mede esforços para que a informação correta chegue à casa das pessoas; que independente de partido ou ideologia, preza pelo fato e pela verdade, nos manifestamos como categoria em REPÚDIO aos ataques praticados diariamente por pessoas que desconhecem nossos valores e o processo da comunicação.

O jornalismo não está para agradar este ou aquele. É maior que desejos pessoais. É pautado na realidade e voltado para o bem comum e a justiça social.

No momento de uma pandemia, o foco é salvar vidas; isso inclui uma comunicação preventiva, orientativa e também relatos de mortes, porque vidas são histórias; não números.

Como jornalistas, repudiamos qualquer forma de ataque, agressões físicas, verbais e virtuais porque a única coisa que nos pauta quando fechamos a porta da nossa casa para trabalhar neste momento é: ajudar a salvar a sua vida.

Assinam:

1- Patrícia Casali – MTB 727/99

2- Danielly Tonin – MTB 2273

3- Robson Morais – MTB 0069166/SP

4- Julianne Caju -DRT/MT 1110

5- Thielli Bairros – DRT 10.123/RS

6- Danna Belle – DRT 2161/MT

7- Erik Valeriano – MTB 43151/SP

8- Lucas Perrone- DRT 2565/MT

9- Jota Lima  – DRT/MT 1152

10- Maycon Araujo – MTB 1970/MT

11- Cinthia Braga – MTB 43857/SP

12- Míriam Trento – MTB 57687/SP

13- Valdeque Matos – MTB 1020/MT

14- Emerson Sanchez- MTB 52871/SP

15- Denilson Paredes – MTE 2534

16- Rafaela Souza – DRT/MT 1967

17- Elka Candelária – MTB 0077485/SP

18- Mário Alves da Silva – DRT/MT 408

19- Rafael Vicentini – MTE 1950/MT

20- Cláudia Santos – DRT/MT 2700

21- Eduardo Almeida de Souza –  DRTMT 190/93 (PR)

22- Heidy Lyana Silva Prado

23- Cristina Ledes – MTB 0002276/MT

24- Jakeline Sol DRT/MT 2.623

25- Márcio Falcão – MTB 0002418/MT

26- Josieli Araújo Rodrigues

27- Cairo Lustoza – Registro Profissional: 2431 DRT-MT

28- Saulo Moraes – Registro Profissional: 1712/MT

29- Cayron Fraga – DRT 1743/MT

30- Wesley Mendonça – MTB 70926/SP

31- Thaísa Elis DRT/MT 1461

32- José Marques DRT/MS 456

33- Walter Quevedo – MTB 0010371/PR

34- Gabriel Fagundes

35- Henrique Pimenta MTB 2668/MT

36- Sirlei Alves dos Santos

37- Thâmara Silva de Carvalho Mattos DRT/MS 184

38- Amanda Fazzio Sanches MTB 0084321/SP

39- Lilian Martins MTB 49457/SP

40- Solange Santos Andrade

41 – Jéssica Estellen de Souza MTB 2226/MT

42 – Bianca Oliveira

43- Emerson Dourado DRT/MT 648

44 – Débora Siqueira DRT/MT 1200

45 – Carlos Eduardo Vanzeli

46 – Miquéias Messias Pereira Santos DRT 1948/MT

47- Cristiane Werlang

48- Patrícia Cacheffo

MTB: 0072063/SP

49- Wagner Montanari

50 – Victor Santos

51 – Luiza Andreoli -MTB:0002661/MT

52 – Ilcimar dos Santos Aranhas- DRT-2374/MT

53 – Renata Ramos

54 – Vandreia de Paula

55 – Raiane Anicézio

56 – Dayanne Nogueira MTB 1823 MT

57 – Márcio Sodré dos Santos DRT-MT 1101

58-Nilson Lobão MTB: 002669/ MT

59 – Orestes Miraglia

60 – Elias Ferreira – DRT/MS 098

61 – Renato ferreira da silva- MTB 1713/MT

62 – Cristóvão A. dos Santos

63-Marcelo Duarte  MTB 2351/MT

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