Pastor é encontrado morto em casa de prostituição
Um pastor de 56 anos, morador da cidade São José do Rio Preto, morreu em uma boate de Assis, próximo a Estrada da Pinga, na sexta-feira, 11 de setembro, após inaugurar a igreja evangélica Visão Missionária em Cândido Mota.
Na mesma noite, após a inauguração, conforme consta em Boletim de ocorrência, o pastor deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento de Assis (UPA), com sinais de afogamento, evoluindo para óbito. A polícia foi acionada e lavrou Boletim às 3h45 do dia 12, como morte suspeita, visto que na boate havia uma piscina, onde o pastor fora encontrado pelos amigos, também de São José do Rio Preto, sendo um deles pastor. Os amigos foram conduzidos ao Plantão, mas não souberam explicar a causa dos fatos, apenas informaram que estavam com ele na boate Maçã do Amor e que ao chegarem à beira da piscina viram o amigo recebendo massagem cardíaca de uma pessoa desconhecida.
Pela falta de informações seguras sobre a morte do pastor, o óbito entra como morte suspeita, sem descartar eventual suicídio ou homicídio, que ainda será apurado. Para auxiliar na investigação, foram apreendidos celulares da vítima e dos dois amigos, consideradas pessoas envolvidas, para averiguação se há informações relevantes.
O delegado de plantão também determinou a realização de perícia técnico-científica no local, bem como exame necroscópico, toxicológico e dosagem alcoólica.
A equipe de reportagem do AssisCity entrou em contato com o filho do pastor que preferiu não se manifestar sobre a morte do pai e indicou falar com o amigo que prestou o socorro. Esse alegou que após a inauguração da igreja em Cândido Mota foram a uma choperia em Assis, dentro da cidade, para jantar, quando o pastor recebeu um telefonema falando de uma fiscalização em sua igreja, que o deixou muito nervoso.
Dalí saíram em busca de um motel para pernoitarem, por ser mais barato, até chegarem na boate, e só souberam que era uma boate na recepção. Mas, segundo ele mesmo, após serem informados de que era uma boate, entraram e ele pediu algo para beber e em seguida já foi chamado para socorrer o pastor, à beira da piscina, todo molhado. “Eu estava bebendo uma água quando uma moça chegou gritando e eu fui socorrer o pastor; saí até sem pagar. Ele deve ter tido um infarto porque estava nervoso pela notícia da igreja”, diz o amigo.
Durante a conversa por telefone com repórter do AssisCity, houve confusão em suas descrições na sequência dos fatos e disse não saber como se afastaram um do outro dentro da boate e nem dizer com precisão o horário do ocorrido, mas imagina que tenha sido entre meia noite e uma hora, e disse nem saber como o pastor chegou à beira da piscina.
O amigo, que consta como testemunha no Boletim de Ocorrência, diz que o laudo foi de infarto e não afogamento e que era a primeira vez que tinham vindo à cidade e não conheciam o local. Ele disse também que descansariam um pouco para depois seguirem viagem e que essa foi a primeira vez que viajaram juntos. Ele nega que tinham conhecimento de ser uma casa noturna e questiona: “Se somos pastores, como podemos ir a uma casa noturna?”. (Fonte: Assiscity)