Livro que resgata história emociona quem escreveu a trajetória de Jateí e sua gente
A publicação do livro História e Cultura – fatos e pessoas – que está em fase final de atualização, provoca o sentimento de gratidão por estar eternizando capítulos importantes da trajetória de toda uma população,acolhedora e trabalhadora. A obra é de autoria das professoras Elza Augusta Nogueira da Silva e Maria Raimunda Bezerra da Silva, mas sua construção é feita por muitas mãos e mentes espalhados em grupos de resgate da história. A atualização do projeto está a cargo da professora Cristiane Pereira Garcia.
Marcos Paulo da Silva e Nilza Alves, participa do grupo que rememorou os desfiles do município. “Participar da elaboração do livro que conta a história desde a emancipação política, econômica, de criação e desenvolvimento de Jateí sob a perspectiva e participação de diversas pessoas, grande parte protagonistas dessas histórias narradas no livro, para mim é motivo de grande alegria, me sinto honrado em colocar meu nome nesse rol da nossa história”, afirma Marcos.
Ele pondera que sua mãe, professora Elza Augusta, é uma das idealizadoras deste livro. “Meu pai, José Carlos Rodrigues da Silva (in memoriam), foi professor na extinta Escola Estadual Fernando Corrêa da Costa, sendo um dos primeiros instrutores de “fanfarra” que se apresentavam e abrilhantavam os desfiles. Trabalhar esse tema tem um significado muito especial, o que faz deste momento razão suficiente para a emoção transbordar o coração”, expressa.
Marcos observa que, com o tempo, o papel perde sua cor, as fotos ficam amareladas, as pessoas que amamos se vão, mas as palavras se perpetuam, trazendo de volta toda emoção de um passado, fazendo ressurgir uma nova emoção a quem lê. ” Minha participação teve como tema os Desfiles Cívicos realizados a partir da década de 1970, até os dias atuais (2019), no município de Jateí. Lembro-me ainda pequeno ter presenciado alguns desses eventos e nos dias atuais o resgate dos desfiles com a participação de toda comunidade faz ressurgir em nós, o civismo muitas vezes adormecido”, declara.
Nilza de Lourdes Pereira Alves afirma que para ela essa experiência tem muita emoção envolvida. “Vivi esses anos de ouro da nossa história, chegamos em Jateí em meados de 1980, a cidade ainda era desprovida de muitas coisas, acompanhei a evolução no que ela se transformou nos dias de hoje. Revendo as fotos dos desfiles cívicos fico muito feliz, pois tive a oportunidade de participar de alguns deles juntamente com meus amigos de escola daquela época”, recorda.
“Aqui criei meus filhos e hoje sou avó, meu pai João Abreu Alves (in Memoriam) foi sitiante e minha mãe Maria de Lourdes Pereira Alves, de 93 anos, ainda mora comigo. O carinho por esta cidade é muito grande, tenho raízes que jamais serão esquecidas. Este livro é uma forma de perpetuar a história de nossa gente, nossos queridos que se foram e os que ainda escrevem essa bela história”, exclama Nilza.