Anônimos picham casa de candidato gay e destroem carro dele a pedrada em Sorriso

Maurício Gomes, vereador por Sorriso, é também candidato a deputado estadual pelo PSB

O candidato a uma vaga a Assembleia Legislativa e vereador Maurício Gomes (PSB), homossexual assumido, denuncia que foi alvo de ataques homofóbicos em Sorriso (a 420 Km de Cuiabá) na madrugada desta quinta (4). Os suspeitos pularam o muro da casa dele, no bairro Rota do Sol, quebraram o carro e picharam no muro os dizeres “vai perder, viado”. Vizinho flagrou o atentado. A Polícia Militar foi acionada.

O vizinho do candidato ouviu os cachorros latindo insistentemente e, quando saiu para olhar, se deparou com a cena.

Defensor ferrenho do combate à homofobia, Maurício relatou ao site rdnews que o vizinho bateu na porta e chamou a mãe dele,  para mostrar o que tinha acontecido. “Moramos eu, meus pais e irmão. É muito triste em pleno século 21 ainda termos que passar por isso. Destruíram o meu carro, picharam o meu muro. Isso é homofobia e crime eleitoral. A polícia já esteve aqui e estamos registrando boletim de ocorrência”, explicou.

ara tristeza do candidato, que se diz muito abalado, o muro da casa dele amanheceu com esta pichação e o caso está sendo tratado como aversão a gays

O socialista lembra que ele não foi o primeiro a sofrer esse tipo de violência na cidade. Em 2012, o vereador Elias Maciel (PSD) 31 anos foi assassinado na casa onde morava também em Sorriso a facadas pelo companheiro Walas Negrete Santos.

“Onde vamos parar? Estou indo bem nas pesquisas e vou continuar a lutar pelas causas LGBT. Isso não pode ocorrer. Destruíram o meu carro, em quanto eu e minha família dormíamos”, lamenta.

Carro é destruído, alvo de pedrada

Em abril deste ano disse que lançou a candidatura à Assembleia, tendo como base o histórico fato de, em meio à hegemonia heteronormativa na política, ter sido o segundo gay a assumir uma cadeira no Legislativo no Estado – ele é o primeiro eleito diretamente.

O pré-candidato afirma que pretende ocupar a lacuna existente na Assembleia, que, historicamente, não é ocupado por representantes da comunidade LGBT de Mato Grosso.

(Fonte: Rdnews)

 

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