Polícia procura padrasto suspeito de torturar enteada cega em MT
Homem de 30 anos está sendo procurado há 4 dias o suspeito de torturar a enteada, uma menina de 6 anos portadora de deficiência visual em Sorriso (500 km ao Norte de Cuiabá). A mãe dela, de 21 anos, foi presa em flagrante por manter a menina escondida dentro de um banheiro durante a ação da Polícia Militar. A criança estava com ferimentos e sangramento.
Passava das 17h quando a Polícia Militar foi acionada por testemunhas. Segundo a denúncia, uma criança estava sendo agredida dentro de uma joalheria no Centro de Sorriso.
Quando a PM chegou, o suspeito identificado como Fernando Lordelo Alvesse recusou a abrir a porta do local, fechando na cara dos policiais.
Mas, depois de um tempo, a equipe conseguiu ter acesso ao interior da loja, momento em que o suspeito fugiu correndo pela avenida Brescansin, em direção de uma área verde.
Dentro do local, a polícia encontrou a mãe da vítima, esposa do suspeito, que tentava se esconder no banheiro. Ao flagrar a PM, ela entrou novamente no cômodo e fechou a porta.
Sangramento nas mãos
Quando os policiais abriram a porta, flagraram a criança sentada no vaso, com a cabeça baixa. Ela estava com um sangramento nas mãos e lesões corporais cortantes, além de hematomas por todo o corpo. Ela foi resgatada e o Conselho Tutelar acionado para o acolhimento.
A mãe dela foi presa em flagrante por ter sido conivente com as agressões físicas e psicológicas causadas na menor, além de ter mantido a criança no banheiro para não permitir que as autoridades descobrissem os crimes cometidos.
A mulher acabou confessando aos policiais que Fernando costuma agredir a criança. Quando as conselheiras chegaram, elas informaram os policiais que mais cedo desse mesmo dia, foram acionadas para atender a denúncia do mesmo caso, mas não encontraram a menina.
Ao que tudo indica, ela estava trancada no mesmo banheiro onde foi encontrada. Levada para a Unidade de Pronto-Atendimento, ela estava desnutrida, com febre de quase 40º e ficou internada para tratamento clínico. (Por Yuri Ramires, da Gazeta Digital)