Médico e vereador, Diogo luta por manter UTIs e pelo retorno de cirurgias em Dourados
O vereador Diogo Castilho, da Câmara de Dourados, alerta para a necessidade da administração municipal manter preventivamente os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Covid da rede pública de saúde, que foram abertos para suprir a demanda de internações na pandemia.
“Hoje o número de vagas está sobrando, só que não podemos fechar esses leitos. Não sabemos se teremos outras ondas da doença e principalmente já existia antes da pandemia um déficit de UTIs. Temos que transformar esses leitos em UTI normal”, destacou o vereador, referindo-se a reaproveitar a estrutura implantada, que não esteja em uso, para pacientes que necessitem da internação e acompanhamento em alta complexidade por outras questões de saúde.
O vereador destacou ainda as projeções das autoridades de saúde com relação ao coronavírus se tornar um vírus com o qual a população terá que conviver. E que a rede de saúde deve ser preparada para lidar com essa e outras doenças respiratórias.
“Também temos que pensar que a Covid não vai acabar, então as doenças respiratórias terão que ter uma ala exclusiva dentro dos hospitais”.
Cirurgias eletivas
Na semana passada, o Governo do Estado autorizou a retomada das cirurgias eletivas em Mato Grosso do Sul, por meio de revogação de um artigo de decreto que estava em vigor desde 31 de março deste ano, suspendendo esse tipo de procedimento. Diogo defendeu que a retomada aconteça o quanto antes na rede de saúde do município, para que os pacientes que já estão há muito tempo sem o acesso, possam ser atendidos.
“A previsão é que para agora em agosto essas cirurgias retornem e isso seja gradual. Esse retorno no Hospital Regional de Dourados, que é gerido por Campo Grande, já está certo. E no HU existe a expectativa, mas ainda não está certo. Então vamos agilizar esse processo já que os pacientes estão há um ano e três meses sem o atendimento adequado e sem cirurgias que são fundamentais. Afinal de contas, é eletivo para quem? Para o paciente que sente dor é urgência”.
Cirurgias eletivas são aquelas que podem ser pré-agendadas, pois não ofertam risco imediato à vida de um paciente. A demanda ‘represada’ por conta da suspensão em meio a pandemia, preocupa o vereador, que é médico.
“Cito isso porque muitas vezes sou procurado por pacientes necessitados de cirurgia de vesícula, por exemplo. Esse procedimento já não tem na rede do SUS eletivamente há mais de um ano e três meses. E esses são pacientes que batem no Hospital da Vida e na UPA [Unidade de Pronto Atendimento] constantemente. São atendidos, medicados para dor e liberados para casa. Mas, eles têm urgência, pois têm dor, têm sofrimento”, finalizou Diogo.