Acusado de racismo, dirigente de time no MT pede afastamento

Após chamar um jogador e o preparador físico de vagabundos por serem negros, configurando uma prática racista, o presidente do time de futebol de Nova Mutum, no Mato Grosso, Anir Siqueira, pediu afastamento da função. As agressões foram sofridas por integrantes da equipe do União, de Rondonópolis, que era visitante na cidade.

Anir Siqueira teria pratico atos racistas contra o preparador físico do União E.C Jacques Douglas e ao meia Ruan Bahia. Diante da repercussão do caso na imprensa, o presidente pediu afastamento do cargo.

O fato ocorreu antes da partida entre Nova Mutum e União E.C válido pela 5ª rodada da Copa Federação Mato Grossense de Futebol (FMF) na tarde do domingo passado(27), no Estádio Vadir Wons. O Boletim de Ocorrência foi registrado sob o nº 2021.284.640.

Diretoria do Nova Mutum emite nota

O Nova Mutum Esporte Clube, através de sua diretoria, tomou conhecimento do episódio relatado através das mídias sociais, no qual na data de 31 de outubro de 2021, o preparador físico do União Esporte Clube registrou um Boletim de Ocorrência alegando ofensas proferidas pelo Presidente deste clube, onde este haveria proferido palavras que caracterizariam o fato de injúria preconceituosa.

Cabe aqui ressaltar que ao longo da formação do Nova Mutum Esporte Clube – fundado em 1988 – nunca ocorrera qualquer episódio semelhante. A diretoria pede a toda a sociedade, torcedores e amantes do futebol, as mais sinceras desculpas por tal envolvimento e publicidade negativa.

Infelizmente o fato que vem sendo veiculado nos mais diversos meios de comunicação, sem a devida empatia, cautela e respeito à imagem dos supostos envolvidos é deveras prejudicial e constrangedora.

O membro diretor suspeito, que é empresário local, membro da direção FMF e que vem atuando brilhantemente em seu papel há anos, com objetivo da busca da verdade real e por razões pessoais, na tarde de ontem, requereu seu afastamento do cargo, para que o fato seja devidamente esclarecido.

A comissão técnica, diretoria e organização se prontificam a esclarecer todas as dúvidas pertinentes ao assunto supramencionado, e afirmamos ainda que não pactuamos com qualquer atitude desrespeitosa, quão mais, mas não exclusivamente no que tange à raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou deficiência.

Seja no convívio societário, seja dentro ou fora do campo, devemos nos pautar tão somente na disputa cordial e profissional, deixando o ódio e a formação de opiniões desidiosas fora daquele que é o esporte mais popular e bonito do mundo. No clube temos como praxe o dizer de que a única diferença de cor é só a camisa dos jogadores.

Logo, diante de todo o ocorrido, busquemos nesse momento, a devida cautela nos comentários, posto que, antes do devido processo legal, um julgamento arbitral afasta a empatia, podendo acarretar danos irreparáveis aos envolvidos, além de promulgar o ódio e a discordância social. (Portal MT)

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