Em Rondonópolis, vereadora encaminha emendas para saúde e educação
O Projeto de Lei 318, de Julho de 2021, que está em fase final de discussão na Câmara de Vereadores de Rondonópolis e que apontará as Diretrizes Orçamentárias do Município para 2021, pode sofrer estratégicas alterações no que depender da vontade da vereadora, Kalynka Meirelles (foto).
A parlamentar protocolou, nos últimos dias, quatro emendas ao texto original, que deve ter sua discussão aprofundada, nesta semana, para a definição do destino ao orçamento total de R$ 1.592.439.860,31, sendo R$ 1.327.242.610,31 destinado à Administração Direta e R$ 265.197.250,00 para a Administração Indireta de Rondonópolis.
Kalynka requisita em duas emendas que R$ 150 mil sejam deslocados para a capacitação de jovens carentes (R$ 50 mil) e também de mulheres em condições de vulnerabilidade social (R$ 100 mil). No segundo grupo, cita em particular as vítimas de violência doméstica.
“Quem conhece minimamente Rondonópolis, sabe que nossa cidade possui uma oferta de empregos muito interessante, mas ainda somos carentes em mão de obra qualificada. O que eu proponho é que possamos ocupar essa lacuna com gente nossa, daqui de nossa cidade, para que o empresário não tenha que ir buscar este profissional fora”, argumenta.
A vereadora é autora do “Tem Saída”, um projeto que visa amparar mulheres que estejam vivendo um relacionamento abusivo e que não encontram meios de encarar o mercado de trabalho, devido ao seu contexto de vida.
“Muitas vezes, a mulher apanha e não denuncia por medo, mas boa parte das ocasiões também por dependência financeira. O “Tem Saída”, como o próprio nome sugere, é uma mão do Estado que se estende para que essa pessoa entenda que consegue sim se capacitar, ter seu emprego e uma vida digna”, pontuou Meirelles.
Outras duas intervenções legislativas de Kalynka sugerem a destinação de R$ 400 mil para a criação de um sistema que permita a alimentação de um prontuário eletrônico local do SUS, além de outros R$ 800 mil para a elaboração de um sistema online efetivo de gestão escolar.
“O prontuário eletrônico já é uma realidade em muitas cidades. Trata-se de uma plataforma virtual onde as pessoas terão acesso, em tempo real, ao andamento de marcações de suas consultas, da disponibilidade de remédios na farmácia municipal, exames e uma série de facilidades para que o cidadão não tenha de ir pela madrugada nos PSFs, encarando chuva e até risco de assalto. Da mesma forma, vimos agora durante a pandemia que ainda carecemos de uma estrutura de tecnologia realmente eficaz para a educação. Ainda não estamos preparados para assumir aulas online com eficiência, bem como a própria celeridade do preenchimento de vagas nas unidades escolares e a própria gestão pedagógica junto aos professores. A verdade é que nos permitiremos a dar uma prestação de serviços muito mais organizada ao cidadão a partir do momento que exista um sistema eficaz de gestão”, citou a vereadora.
Como fonte do R$ 1.350.000,00 que pretende deslocar a finalidade dentro do orçamento, a vereadora sugeriu a retirada do setor de infraestrutura, especificamente da verba alocada para construção e reformas de imóveis públicos. “Embora eu tenha uma ideologia política diferente do nosso prefeito, uma coisa que talvez concordamos é que investir no ser humano é muito melhor do que investir em coisas. Nossa proposta parte deste princípio e não porque as reformas e construções não sejam importantes, mas há já recursos de sobra, emendas parlamentares que sempre nos chegam e uma garantia financeira boa neste setor. Todavia, ainda nos falta avançar nestas políticas de capacitação de pessoas e modernização dos nossos serviços públicos”, finaliza Kalynka. (Da assesssoria)