Velocista douradense, atleta paralímpica já quebrou recordes e busca mais competições internacionais
Para muitos, a atividade física não é bem vinda, mas para a douradense Joane Corrêa,29 anos, foi sinônimo de mudança de vida. Após sofrer um AVC, aos 11 anos de idade, que teve como consequência uma paralisia cerebral do lado esquerdo do corpo, a jovem encontrou no esporte, a motivação e evolução constantes.
Após o ocorrido, os pais de Joane buscaram todos os meios para dar a ela mais qualidade de vida, o que foi possível com tratamentos diversos e, sempre com incentivo da família a jovem se dedicou inicialmente ao balé, mas foi na corrida que ela “se encontrou”.
Após participar do projeto “Renascer, Servir, Proteger”, a jovem não parou mais de se destacar como atleta.
Em 2018, no centro Paralímpico Brasileiro, nos jogos Paralímpicos Universitário, em São Paulo, Joane foi recordista nos 800 m e também nos 1500m.
“Meu coração foi a mil, não imaginava conseguir bater dois recordes”, conta.
Posteriormente, ela continuou se sobressaindo e foi recordista novamente nos 800 m, no Brasileiro Loterias Caixa, em São Paulo, em setembro de 2019 e recentemente em julho de 2022, foi novamente recordista nos 800 m, com 3’23, no Meeting Loterias Caixa, em Campo Grande.
Agora a atleta se prepara para os Jogos Paralímpicos Universitários, em João Pessoa-PB, no dia 11 de setembro.
Atualmente a atleta se divide entre tiros e rodagens, academia, cross fit e cuida da alimentação. A pausa acontece apenas aos domingos, o que ela cita que “não é fácil”, mas será “gratificante”.
Apaixonada pela competição de “explosão de velocidade”, como ela define, Joane cita que pretende também buscar se destacar nos 100 m e entre os sonhos está participar de outras competições internacionais, sendo que até o momento, ela tem uma no seu “currículo” e quer seguir batendo recordes, levando o nome de Dourados “mundão a fora”.
“Tenho orgulho da minha trajetória, mas como toda atleta, eu busco evoluir sempre e quero me aperfeiçoar”, aponta.