Servidores públicos de MT empobreceram nos últimos quatro anos, diz sindicato
Diante de negativas às reivindicações dos servidores públicos do executivo de Mato Grosso no governo Mauro Mendes, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) questiona; quais servidores públicos aguentam mais quatro anos de perdas e desvalorização salarial?
Durante 2019 a 2022, o governo pagou apenas duas revisões inflacionárias: 2%, em 2021, e 7% em 2022. Um total de 9% em quatro anos, sendo que apenas em 2021 a inflação chegou a 10,16%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) para o Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC).
“As recomposições salariais de todo o governo Mauro Mendes sequer cobrem as perdas salariais de um ano”, destaca o secretário de Finanças do Sintep-MT, Orlando Francisco. Com o aumento do custo de vida, e uma inflação galopante o resultado tem sido o empobrecimento dos servidores, em especial os trabalhadores da educação.
As perdas salariais dos educadores apenas em 2022, atingem 32,37%. O arrocho salarial se dá com a soma do calote no percentual da RGA, mais o descumprimento da Lei 11.738/2008, do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), que retira 21,52% dos ganhos, além da negligência quanto à política da dobra do poder de compra.
A insatisfação mais recente dos trabalhadores da educação recai sobre o não cumprimento do valor mínimo do piso salarial profissional nacional, em Mato Grosso. Este ano, Mato Grosso ficou com defasagem no valor do piso salarial frente ao mínimo estabelecido nacionalmente para os profissionais da educação do país.
Enquanto a legislação nacional estabeleceu o piso em R$ 3.845,00, o governo Mauro Mendes paga 21.52% a menos que o valor nacional.
Um retrocesso significativo para um estado que despontou nacionalmente, em 2013, com a implementação da meta 17 do Plano Nacional de Educação (2014-2024).
Na contramão do crescimento da arrecadação estadual, o governo empobrece os servidores públicos, entre eles os educadores do estado. “O desastre da administração Mauro Mendes só tem comparação com os correligionários da década de 90”, conclui o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, fazendo menção a gestão dos Campos, no governo de Mato Grosso. (Da assessoria)