Mãe depois dos 50: Marça fala que nunca é tarde para realizar um sonho
Você acha que é tarde para ser mãe? A pecuarista Marça Maria Maciel Fiori de 57 anos mostra que não. Ao engravidar aos 51 tem propriedade em dizer: Para quem tem um sonho, nada é impossível! vale a pena esperar.
“Eu cuidava dos sobrinhos e me sentia mãe, ele (marido) não queria mais porque já tinha filhos”, relata Marça que lembrando que desde a juventude tinha o desejo de ser mãe. Ela já havia tentado engravidar no primeiro casamento, mas não conseguiu realizar o sonho.
O casal se separou e alguns anos e depois, em 2006, reencontrou um antigo amor, também pecuarista Humberto Cesar Fiori Filho de 66 anos que se casaram dois anos depois. Ao lado dele, com apenas 3% de chance engravidou e de combo, deu à luz a três meninas, sim! Trigêmeas: Carmen, Suelena e Valentina, hoje com 7 anos.
As pequenas vieram ao mundo de forma prematura, com 26 semanas, uma delas, a Valentina passou 5 meses na UTI onde foi diagnosticada com transtorno do espectro autista (TEA). O marido, Humberto foi o primeiro a notar que criança tinha uma reação diferente das outras meninas e por isso resolveram procurar ajuda.
Marça fala que nem passava pela cabeça do marido ser pai, isso porque Humberto já tinha cinco filhos do antigo casamento. A pecuarista já havia falado do assunto, mas ele desconversava, no final de 2014, tudo mudou. “Nós estávamos assistindo um programa de televisão, quando eu o questionei se eu seria uma boa mãe. Ele, sabendo da minha vontade, devolveu a resposta com outra pergunta: Quer tentar? Seria muito egoísmo da minha parte pensar só em mim” recorda.
Os dois iniciaram o tratamento de fertilização que incluía muitas medicações, depois de algumas tentativas, conseguiram. Ela conta que nunca descobriu o porquê de não ter conseguido ser mãe antes, mas acredita que Deus preparou o momento certo.
Por conta da idade e gravidez considerada de risco, Marça fez repouso absoluto até a chegada das filhas. “Não tem mais casa arrumada, as paredes são todas riscadas. Eu era tão detalhista, hoje deixo tudo por conta”, detalha ela.
As filhas trouxeram alegria para o lar do casal que mora em Miranda, município que fica a 207 quilômetros de Campo Grande. Ao lado das pequenas, brincam, correm, dançam, etc. Ela fala que o marido é “doente” pelas meninas. “Hoje ele pode dedicar mais tempo ao lado delas, com os filhos do outro casamento não era assim, ele tinha que trabalhar”. Explica.
As meninas estão sempre enfeitadas, Com vestidos coloridos, laços no cabelo e muito carinho. Questionada sobre a idade? Ela responde que leva numa boa e que já pensaram que ela era a avó das crianças. “Já perguntaram se eu era a avó das meninas, não ligo, respondo: Não, sou mãe”, finaliza. (Por Renata Silva, especial para o Capital News)