No dia mundial, médica cita oito sinais de alerta do Mal de Alzheimer
Será que esquecer o nome do filho ou onde guardou a chave do carro significa que a pessoa tem Alzheimer? Esquecer faz parte da vida de todo mundo e nem sempre é sinal de doença. No entanto, a neurologista do Hospital Santa Rosa de Cuiabá, Ariely Teotonio Borges (foto), destaca que é importante ficar atento a alguns sinais.
“A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro que acomete principalmente idosos. O paciente começa a ter perda de funções cerebrais e a memória é a mais afetada. Esse é o primeiro sintoma”, explica a médica.
Nesta quarta-feira, 21 de setembro, é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer. No País, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer, estima-se que cerca de um 1,2 milhão de pessoas sofram da doença e a estimativa é de 100 mil novos casos por ano.
Por ser uma doença de lenta evolução e com sintomas iniciais que podem ser confundidos com o processo natural de envelhecimento, muitos pacientes demoram para ter o diagnóstico de Alzheimer estabelecido.
Diante da importância do diagnóstico precoce, a neurologista listou oito sinais do Alzheimer que servem de alerta. “Lembrando que ocorrências isoladas não significam que a pessoa tenha a doença, por isso é fundamental procurar um especialista no caso de dúvida ou suspeita”, pondera.
“Infelizmente, essa é uma doença que não tem cura, mas já temos medicações disponíveis que melhoram alguns sintomas. E quanto mais cedo iniciar o tratamento, melhor será a qualidade de vida desse paciente”, ressalta Ariely.
Sinais de alerta – 1)Esquecimento: não se recordar de fatos recentes, como nomes, onde guardou objetos e não se lembrar das refeições, é um dos principais indícios da fase inicial.
2)Julgamento prejudicado: se colocar em situações de risco por perda do senso crítico. 3)Dificuldades repentinas: não conseguir mais ligar o ar-condicionado ou fazer aquela receita culinária pela qual era famosa. 4)Alteração no humor: normalmente inicia com sintomas depressivos ou ansiedade. 5)Problemas de linguagem: não conseguir mais formular frases longas, a pronúncia das palavras se torna lenta e embolada, além de dificuldade de compreensão e escrita. 6)Dificuldade de convívio social: não quer ter mais contato com pessoas que era próximo, isolamento gradual. 7)Desorientação: não lembrar mais do caminho de casa, não saber se é dia ou noite. 8)Perda de objetos: perder objetos pessoais com facilidade, não só porque não se lembra onde os guardou, mas também porque é comum que objetos seja guardados em locais bizarros, como, por exemplo, deixar a chave do carro dentro da geladeira.“Além desses sinais listados, a pessoa pode apresentar outros sintomas. Até hoje ainda não conseguiram descobrir qual a causa exata da doença. O que sabemos é que ela ocorre a partir da alteração do processamento de proteínas no sistema nervoso central. E o acúmulo dessas substâncias são tóxicas para os neurônios, que ficam disfuncionais e o paciente evolui com a doença. O diagnóstico atualmente se dá com a consulta com um especialista e a exclusão de outras doenças e uma série de exames laboratoriais, de imagem, entre outros”, afirma a neurologista.
Prevenção – Mesmo que o Alzheimer não tenha cura, algumas medidas preventivas podem ajudar a retardar o aparecimento da doença, como a adoção de bons hábitos, ter uma alimentação saudável, não fumar, reduzir o estresse, aprender coisas novas, praticar exercícios cognitivos. A médica reforça ainda que é importante controlar outras doenças, como diabetes e hipertensão.
“Essas ações agem como fator protetivo e têm o potencial de retardar ou prevenir o início da demência, antes dela se estabelecer”, afirma Ariely. (Da assessoria/Dialog)