Em MS, só metade dos inscritos se apresentaram ao Mais Médicos
Em Mato Grosso do Sul, só 50 das 115 vagas deixadas por médicos cubamos do programa Mais Médicos foram preenchidas, informou a SES (Secretaria Estadual de Saúde). Devido a baixa adesão, o período de inscrição que encerraria na sexta-feira (14) foi prorrogado para o dia 18 – próxima terça-feira.
Segundo a Secretaria, os profissionais inscritos até o momento estão em Amambai (1), Antônio João (1), Aquidauana (1), Aral Moreira (1), Bandeirantes (2), Bonito (1), Brasilândia (2), Corguinho (1), Corumbá (6), Costa Rica (2), Coxim (4), Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígenas) (4), Dourados (6), Guia Lopes da Laguna (1), Jaraguari (1), Jardim (2), Ladário (1), Mundo Novo (1), Pedro Gomes (1), Porto Murtinho (1), Rio Verde (2), São Gabriel (2), Tacuru (3), Caracol (1), Deodápolis (1) e Selvíria (1).
Em Mato Grosso do Sul, dos 219 trabalhadores do Mais Médicos, 114 eram de Cuba. A Saúde indígena é mais afetada pela saída dos médicos do país caribenho. O Dsei de Mato Grosso do Sul contava com 11 profissionais. Além do Distrito, a saúde básica em Corumbá tinha 10 profissionais e Dourados, 9.
Estrangeiros – O Ministério da Saúde também prorrogou as inscrições de brasileiros e estrangeiros formados no exterior (sem registro no Brasil) para participação no Programa Mais Médicos. Os candidatos têm até o próximo domingo (16) para enviar documentação à pasta. Segundo o ministério, a medida foi tomada após picos de instabilidade do site do programa.
Impasse – No dia 14 de novembro, o governo de Cuba divulgou nota anunciado a interrupção da cooperação técnica com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) que permite o envio de médicos para o Brasil. O comunicado cita “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) à presença dos médicos cubanos no Brasil.
O país caribenho envia profissionais para trabalhar nas regiões mais carentes do país desde 2013, quando a gestão de Dilma Rousseff (PT) criou o Mais Médicos. A nota do governo cubano não informa a data que médicos deixarão o Brasil.
O presidente eleito, que em agosto, durante a campanha, havia falado em “expulsar” os cubanos do Brasil, reagiu. “Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou”, publicou no Twitter.
(Campograndenews)