Entidades entregam à ALMT documento contra projeto que extingue feriado do Dia da Consciência Negra

ntegrantes de movimentos sociais participaram de audiência — Foto: Hélder Faria/ ALMT

Integrantes de movimentos em defesa da igualdade racial lotaram o auditório da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) na quinta-feira (14), durante a audiência pública para discutir o projeto de lei que quer acabar com o feriado no Dia Nacional da Consciência Negra, no dia 20 de novembro, criado em 2002.

Os movimentos entregaram um documento contra o projeto. Segundo a ALMT, o ofício será encaminhado para a comissão de mérito para ser debatido em plenário.

O argumento usado para por fim ao feriado é de que influencia na rotina econômica das cidades afetando diversos setores com o fechamento dos comércios e de prestadores de serviços, causando prejuízos econômicos e impedindo a comercialização dos produtos e a realização do serviço nos feriados.

Os parlamentares autores da proposta se identificaram apenas como “lideranças partidárias” e nenhum deles participou da audiência.

O presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, Manoel Silva, afirmou que o o feriado é uma maneira de fazer uma reflexão dos avanços e relembrar os ancestrais que lutaram pelo Brasil.

“É uma celebração e não somente um feriado do negro, e nem religioso, um feriado do povo brasileiro. Essa data é para mostrar nossa contribuição à sociedade, de como todos os povos se unem quando se fala em evolução. Não há prejuízo para o comércio, porque a maioria da população é negra em Mato Grosso”, afirmou.

O presidente do Movimento Negro Unificado , Waldir Bertulio, disse que o feriado é uma maneira de fazer uma reflexão dos avanços e relembrar os ancestrais que lutaram pelo Brasil.

“É uma celebração e não somente um feriado do negro, e nem religioso, um feriado do povo brasileiro. Essa data é para mostrar nossa contribuição à sociedade, de como todos os povos se unem quando se fala em evolução. Não há prejuízo para o comércio, porque a maioria da população é negra em Mato Grosso”, afirmou.

Desde a instituição do feriado em 2002, a data tem sido marcada por mobilizações pela igualdade social.

Em Mato Grosso, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 52,8% da população se declaram pardos e 7,4% se declaram negros.

O projeto de lei que propõe o fim do feriado da Consciência Negra em Mato Grosso foi apresentado em novembro e está tramitando na Assembleia Legislativa.

(G1)

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