Com vagas sobrando, Mato Grosso tem a menor taxa de desemprego dos últimos 12 anos
Mato Grosso registra a menor taxa de desocupação em sua série histórica dos últimos doze anos. Nesse segundo trimestre do ano, o estado ganhou destaque nacionalmente por ter o segundo menor número de pessoas na força de trabalho desempregadas.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram analisados pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e mostram que a taxa de desocupação mato-grossense foi de 3% – ficando atrás somente de Rondônia (2,4%),
O ranking dos demais estados segue com Santa Catarina (3,5%), Mato Grosso do Sul (4,1%) e Paraná (4,9%). Em dados mais estratificados, o índice de Mato Grosso representa um total de 55 mil pessoas desocupadas, sendo 28 mil homens e 27 mil mulheres.
“O estado tem alto crescimento econômico que resulta em inúmeras opções no mercado de trabalho. Vivemos o que os especialistas chamam de pleno emprego, ou seja, existe um equilíbrio em entre oferta e demanda de postos de trabalho”, pontuou o presidente do Sistema Fiemt, Silvio Rangel.
Segundo ele, os números divulgados são positivos para o estado e ao mesmo tempo demostram um grande desafio das empresas para encontrar pessoas aptas para o trabalho. “Por isso, a Fiemt, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) estão juntos com o governo de Mato Grosso e outras entidades num grupo de trabalho buscando soluções para esse gargalo de crescimento”, acrescenta.
Conforme a pesquisa, por grau de instrução, os níveis mais presentes na desocupação são observados nas pessoas com ensino médio completo (39,8% ou 22 mil pessoas). Somam 7 mil pessoas que possuem ensino médio incompleto e outras 7 mil pessoas com ensino superior completo que não estão no mercado de trabalho.
Em relação a faixa etária, o destaque para a participação daqueles que estão faixa de 25 a 39 anos, que representam 34,8% do total, somando 19 mil pessoas, seguido por 18 a 24 anos com 31,4% (ou 17 mil pessoas) e 40 a 59 anos com 20,1% (ou 11 mil pessoas).
Brasil – A taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2023 foi de 8,0%, caindo 0,8 ponto percentual (p.p.) ante o primeiro trimestre deste ano (8,8%) e 1,3 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (9,3%).
Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação diminuiu em quatro das cinco grandes regiões, mantendo-se estável no Sul. Também houve redução em oito das 27 Unidades da Federação, enquanto as outras 19 ficaram estáveis. O Nordeste permaneceu com a maior taxa (11,3%), e o Sul, com a menor (4,7%).
(Por Vívian Lessa, da assessoria)