Da Assembléia de Deus e deputado por MT: Abílio é acusado de gesto supremacista branco
A polêmica volta a competir com a atuação de Abílio Brunini, membro e com familiares na cúpula da Igreja Assembléia de Deus de MT e que foi eleito deputado federal por Mato Grosso pelo PL. Antes, ele havia sido eleito para o cargo de vereador de Cuiabá, sendo cassado por falta de decoro parlamentar.
Desta vez, a repercussão negativa de Abílio é em Brasília. O deputado federal por Mato Grosso causou polêmica dentro e fora do Congresso Nacional, após ser acusado de fazer um gesto supremacista branco durante uma sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, realizada nesta quinta-feira (24). Brunini e Rogério Carvalho (PT-SE), que repudiou o gesto do parlamentar, se desentenderam no plenário em discussão sobre o caso.
Ao G1, Abílio disse que o símbolo foi para indicar que ele queria “mais três minutos” de fala, e que a acusação do senador é uma “inverdade”.
Um vídeo gravado durante a sessão mostra o momento em que o deputado interrompe uma fala do colega de parlamento, Duarte Júnior (PSB), que pede um minuto a ele. Em seguida, o presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), chama a atenção de Brunini, dizendo que ele “sempre causa tumulto nas sessões”. Em contrapartida, Abílio faz um gesto com as mãos e diz “mais três minutos”.
As imagens ganharam repercussão nas redes sociais. Além do senador, internautas também apontaram que o movimento feito por Brunini significa “White Power” entre os nazifascistas.
Um movimento semelhante a esse foi feito por Filipe Martins, então assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, durante audiência com senadores, em março de 2021. O gesto gerou uma abertura de investigação na Polícia Legislativa. Martins, por outro lado, disse que fez o gesto para ajeitar o paletó.
A organização americana Liga Antidifamação (ADL, na sigla em inglês), que identifica o gesto como símbolos de ódio, faz uma ressalva de que, na maior parte das vezes, o seu uso ainda indica aprovação ou que algo está bem.
“O senhor me acusou de supremacista. O senhor me acusou de racista. O senhor é um mentiroso contumaz, divulgador de fake news. Toma vergonha”, afirmou Brunini a Rogério Carvalho, que deixou o local.
Brunini afirmou ainda que irá à polícia registrar um boletim de ocorrência.
(Do G1/MT e TV Centro América, com redação)