Com 1.30 metro de altura, Éder é jogador de basquete famoso pelo bom humor
Aos 31 anos, nascido em Nova Andradina, a 300 quilômetros de Campo Grande, Éder Cavalcanti dos Santos é um homem de 1.30 metros de altura que joga basquete e vôlei como os altos. Quando fala do esporte a quem não o conhece, ouve risadas, por isso, decidiu transformar a diferença em humor.
Nas redes sociais, Éder reclama pouco. Diz que prefere falar da rotina, da profissão, dos alunos e do esporte sempre sorrindo. Foi o jeito que encontrou de vencer o preconceito por ser um anão e mostrar que, mesmo com as limitações, o esporte é para todos.
“Na minha cidade todo mundo já me conhece, mas quando falo para algum desconhecido que jogo basquete, ouço risadas. As pessoas associam o basquete e o vôlei apenas com jogadores altos. Até posto alguns vídeos arremessando em meu Instagram”.
Logo na infância, quando os médicos diagnosticaram a estatura reduzida, a recomendação para Éder foi o esporte. Desde então jogou vôlei, futebol, basquete, handebol e fez natação. Mas o esporte onde os “altões” predominam fez ele se apaixonar.
“Aos 14 anos comecei a jogar pelo time da escola e o amor pelo basquete foi indo. Em 2007, fui convidado para jogar pelo time de Nova Andradina e em um desses jogos, uma equipe de reportagem se surpreender ao ver um anão no basquete”.
A matéria sobre Éder repercutiu no Estado e o levou ao sofá do Jô Soares. “Acho que a história emocionou muita gente, através dela consegui ir para o Jô. Naquela época era muito novo, imaturo, fiquei nervoso e não acho que fui muito bem à entrevista”.
No ano seguinte, a conquista foi o diploma. “Terminei minha faculdade de Educação Física, comecei a dar aula e desde então ensino o esporte. Depois de um tempo montei um time de basquete para dar aula às crianças carentes, trabalho neste projeto até hoje”.Mas foi com as redes sociais, no perfil Edinho Anão, que Éder deu um jeitinho de contar sua história e inspirar pessoas. Apesar de poucos seguidores comparados a outros esportistas, as quase quatro mil pessoas que o acompanham compartilham histórias e contam com a alegria do professor. “Sou uma pessoa com autoestima muito alta, é bem difícil eu ficar triste. Muitos amigos dizem que gostam de estar perto de mim por causa da minha energia positiva, com isso penso: vou reclamar da vida pra quê?”, se questiona.
(Campograndenews)