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Morre o jornalista Waldemar Álvaro Gonçalves, o Russo, do Douradosnews

Russo trabalhou em emissoras de televisão, rádios e jornais impressos e virtuais de Dourados

Foi encontrado morto em sua residência na tarde deste sábado (14), o jornalista Russo Waldemar Álvaro Gonçalves, aos 64 anos. Conhecido e e reconhecido pelo seu apelido, Russo se tornou uma verdadeira personalidade em Dourados, cidade que ele adotou há 40 anos.

Ele passou pelos principais veículos de comunicação douradenses, sempre com trabalhos marcantes, especialmente pela dedicação que empreendia em cada tarefa assumida. Muitas vezes polêmico, tinha na sinceridade uma das principais marcas. A honestidade em relação ao próximo era outra virtude do ser humano Russo, fato testemunhado pelas pessoas que conviveram com ele.

Ele se destacou nos meios de comunicação fazendo a cobertura dos meios policiais, onde a maioria dos profissionais do passado iniciavam a carreira pela forma didática de descrição e interpretação de um boletim de ocorrência. Começou nesta área e se apaixonou por ela, onde também colecionou bônus e ônus.

Antes do começo na área policial, Russo foi descoberto como produtor de programas de rádio. Seus primeiros textos foram como crônicas para o falecido radialista Luiz Rogério de Sá, no programa “Caiuás, a Dona da Noite”, na extinta Rádio Caiuás AM. Do rádio, ele foi para jornais impressos e depois para a televisão.

No começo das crônicas no rádio, ele conciliava também a profissão de pintor de parede, ofício que ele fazia para manter a recente família que havia formado em Dourados. Paranaense de nascimento, Russo nunca ficou preso a um só lugar. Ele foi músico profissional de uma das maiores bandas de baile do Brasil na década de 1970 – o Painel de Controle – fazendo sucesso tocando bateria. Fez muito sucesso nesta área, reconhecido inclusive por integrantes da longeva banda Roupa Nova, que recebeu ele no camarim em todas vezes que foi a Dourados.

O sucesso também trouxe dissabores, ao ponto dele deixar a efervescência musical para uma guinada total na vida. Se transformou em uma metamorfose ambulante, como a icônica e eterna música de Raul Seixas, de quem ele era fã. Foi ser garimpeiro na Amazônia por um período, passando depois por outros ofícios até chegar em Dourados para ganhar a vida pintando paredes.

Ele terminou sua missão no plano terrestre sendo colunista esportivo do jornal virtual Dourados News, onde atuava há mais de três anos com textos duas vezes por semana. “Fui colega do Russo em outros veículos e sempre admirei sua dedicação. Não podia deixar de acolher este profissional no momento mais difícil de sua vida”, afirmou Andréia Medeiros, diretora do jornal.

  Ele também integrava a equipe do governo estadual na cidade, lotado no gabinete do vice-governador José Carlos Barbosinha.

Nos últimos anos, Russo começou enfrentar diversas batalhas em relação a sua saúde, com um quadro crônico de efizema pulmonar. A doença foi aumentando na mesma quantidade de suas internações, sempre compartilhada em seu perfil na rede social.  A última internação de Russo foi em março deste ano, quando ele anunciou no dia 15 que havia saído de uma Unidade Terapia Intensiva (UTI) para um quarto normal.

O velório e sepultamento ainda não foi definido e deverá ser comunicado em breve.

 

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