Irmãos do MT e de Santa Catarina se reencontram no Sul após 69 anos separados

Alvina e José Carlos: Irmãos foram separados ainda crianças e não se viam há 69 anos — Foto: NSC TV/Reprodução
Alvina e José Carlos: Irmãos foram separados ainda crianças — Foto: NSC TV/Reprodução

Dois irmãos se reencontraram após quase sete décadas separados, no Sul de Santa Catarina. Durante 69 anos, eles dizem que nunca perderam a esperança por esse momento, ocorrido na semana passada em Jacinto Machado.

Os aposentados Alvina Cardoso Polla e José Carlos Pacheco foram separados ainda crianças. “É uma alegria assim muito grande, que não dá pra se expressar. Se pensar, parece que não é verdade”, disse Alvina.

“É uma sensação assim que a gente nem pode imaginar, parece que o coração ia estourar pra fora assim, nem parecia verdade, parecia mentira. Aí quando a gente se abraçou, aí a gente, é minha irmã, é meu irmão, nossa é uma felicidade muito grande pra gente”, falou José.

A mãe morreu e o pai deixou a filha com um casal em Santa Catarina. Ele foi para o Paraná, na época, levando o Seu José. O pai, andarilho, deixou o filho com uma outra família. Com 8 anos, seu José fugiu e foi morar em Mato Grosso. “Eu tinha pouca lembrança porque eu saí daqui com 3 anos de idade.”

Mas a vontade dos irmãos de se reencontrar sempre permaneceu viva. Isso foi possível com a ajuda da filha da dona Alvina, Maria de Lourdes. Ela publicou um anúncio numa rede social. Uma mulher ajudou a divulgar e a procurar. A mensagem foi parar numa cidade a 200 km de Sinop (MT), onde seu José mora.

José Pacheco mora atualmente em Tabaporã, no Mato Grosso, mas passou a maior parte da vida na região de Dourados, no Mato Grosso do Sul.

“E a minha irmã mora lá nessa cidadezinha. Quando ela viu, ela disse é meu cunhado né, aí ela ligou pra mim e na mesma hora a minha filha entrou em contato com a Ângela, que mora aqui, filha da Alvina, e aí começaram a conversar e a marcar o encontro”, disse a mulher de seu José, Linea Pacheco.

Agora, os irmãos estão aproveitando para matar a saudade. “Eles vivem juntinhos, eles não se separam, até pra ir dormir, um espera o outro”, contou Maria de Lourdes.

“A sobrinha fica com ciúmes porque eu só fico com a irmã, ela fala o tio não vê eu, não enxerga eu, só vê a mãe”, brincou seu José.

Os irmãos vão continuar morando em cidades separadas, pelo menos por enquanto, mas o contato dona Alvina garante que será pra sempre. “Enquanto a gente viver a gente vai ter contato, nem que seja por telefone.”

(G1/SC  com redação)

 

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