Garota com próteses duplas estreia na passarela da Fashion Week em NY
Uma estudante britânica de 9 anos de idade está pronta para fazer história depois de se tornar a primeira criança amputada dupla a desfilar na passarela da New York Fashion Week.
Daisy-May Demetre foi escolhida como inspiração da Lulu et Gigi Couture, depois que sua fundadora da grife viu a menina em Londres. Ela vai estrear na New York Fashion Week, em 8 de setembro e depois estará na Paris Fashion Week no final do próximo mês.
Hemimelia fibular
As pernas de Daisy-May foram amputadas porque a menina nasceu com hemimelia fibular, ou seja, sem parte do osso fibular da perna. Os pais dela, Alex e Claire Demetre, tiveram a difícil escolha de Daisy-May crescer com pés deformados, ou permitir que os médicos realizassem uma amputação dupla.
Esperando que as próteses lhe proporcionassem uma melhor qualidade de vida, os dois membros foram retirados quando ela tinha apenas 18 meses de idade.
Modelo
Os pais nunca sonharam que a filha se tornaria modelo do Boden, o maior catálogo de roupas da Grã-Bretanha.
“Naquela época, eu estava bem isolado – tinha um problema com bebida e era viciado em jogos. Tudo mudou – e isso graças ao grande sorriso no rosto dela. Ela me motiva e eu a motivo”, contou o pai.
Daisy-May teve sua grande chance de modelar depois que Alex assistiu um programa de TV em seu dia de folga.
Ele viu um recurso da Zebedee Management, uma agência de modelos que lança crianças com deficiência em campanhas publicitárias e entrou em contato.
Desde que começou a modelar, Daisy-May também trabalhou para Nike e Matalan e representou Lulu et Gigi na London Kids ‘Fashion Week.
Depois disso, a carreira de Daisy-May disparou rapidamente e surgiram várias pessoas interessadas em lançá-la em projetos de modelagem e anúncios.
“Linda e perfeita”
O fundador da Lulu et Gigi, Eni Hegedűs-Buiron, disse: “Para mim, uma criança é uma criança e, portanto, é linda e perfeita”, acrescentou.
Alex diz diz que não poderia estar mais orgulhoso de sua filha.
“[Daisy] estará fazendo história. É bom que ela seja a primeira, mas, daqui para frente, queremos que crianças amputadas estejam modelando nesses shows o tempo todo”.
“A deficiência não a impede; definitivamente não para Daisy. Ela é mais apta do que a maioria dos homens adultos que eu conheço. Mas a modelagem não a define, é apenas uma parte do que faz”, acrescentou. “Ela só mostra Daisy, do jeito que ela vive a vida com um sorriso no rosto”, concluiu.
(Fonte: GNN/sonoticiaboa)