RONDONÓPOLIS: OBRA ABANDONADA DEIXA CIDADE SEM ESPAÇO CULTURAL, DESRESPEITA PEDESTRES E PACIENTES DA UPA

Um cartão postal negativo em frente de um dos locais mais movimentados de Rondonópolis, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A imagem é da obra abandonada do Centro Cultural José Sobrinho, fechado desde novembro passado para reformas, que foram só começadas. O resultado é um amontoado de entulhos e serviços iniciados e não terminados. O pior deles é a calçada em frente da UPA, cujo estado é um atentado à acessibilidade e que pode causar acidentes, uma vez que o local é frequentado por sua maioria por pessoas de mobilizado reduzida. Ou seja, além do espaço cultural fechado, ainda falta o respeito ao direito de transitar de pedestres.
A placa mostra que o começo da “obra” foi no dia 13 de novembro de 2018 e tinha prazo de entrega de 180 dias (seis meses), que encerrou no dia 13 de maio de 2019. Com quase 120 dias depois do prazo para entrega, nem sinal de trabalho é visto no local. O Centro Cultural está entregue à ação do tempo, sem movimento, nem dentro e nem fora do prédio. O mais curioso é que a obra tem um custo relativamente barato, pouco mais de R$ 140 mil, como está especificado na placa. Um valor ínfimo se comparado ao total que o município arrecada mensalmente.
O abandono da obra em pleno centro administrativo municipal – nos arredores estão, além da UPA, as secretarias de Educação, Saúde e Hemocentro – se torna um outdoor que estampa a má gestão pública.
As calçadas iniciadas e deixadas com madeiras e outros materiais são verdadeiras arapucas para os pedestres, que precisam invadir a pista de rolamento para caminhar, aumentando riscos de acidentes. O único trecho construído de calçada foi ocupado por um trabalhador informal, que montou uma barraca sobre ela e vende espetinhos e outros lanches, em frente a UPA.
O abandono da obra e suas consequências danosas para a população é, também, praticamente um insulto às instituições, principalmente ao Ministério Público (estadual e federal), que funcionam a menos de 50 metros do Centro Cultural José Sobrinho.
(Fonte: Gazeta MT)

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