Queimadas no MT fazem a produção de pequi cair cerca de 50% no Araguaia
Por causa dos incêndios florestais e da falta de chuva , a produção do pequi em Ribeirão Cascalheira, a 893 km de Cuiabá, poderá ter uma redução de 50%. O município é o primeiro a começar a colheita no estado e o maior produtor do fruto da região Araguaia.
A queda deve acontecer em outras regiões, no entanto, de acordo com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), não é possível dar uma estimativa já que em algumas regiões a colheita se estende até março do ano que vem.
Com menor oferta, o preço do pequi subiu até 60% em relação ao ano passado. De acordo com a Empaer, uma caixa, com 30 kg, está sendo comercializada a R$ 30. A previsão é colher 250 toneladas do fruto.
O cultivo do pequi é nativo e ocupa uma área de 200 hectares do município.
Devido à redução dos pequizeiros, os produtores estão plantando novas mudas para serem utilizadas também no reflorestamento de áreas degradadas. Em torno de 80% das árvores são nativas e outros 20% plantados pelos produtores
Atualmente, o município possui uma média de 80 produtores rurais, sendo que alguns estão cultivando novas mudas para serem utilizadas também na recuperação de Áreas de Proteção Permanente (APPs).
Em Ribeirão Cascalheira são mais de 15.600 pés da fruta, segundo um levantamento feito pelos técnicos da Empaer. Também existem outras 11.900 árvores que não atingiram a maturidade produtiva e que nos próximos anos devem começar a produzir.
Em média, uma árvore de pequi produz em média dois mil frutos por colheita, e começa a produzir no quinto ano após o plantio.
Conforme decreto estadual, o pequizeiro é considerada uma das árvores símbolos de Mato Grosso, representando o bioma cerrado. É uma frutífera que representa os costumes, tradição, culinária e é muito utilizada para recuperar áreas degradadas.