Governador de MT critica aumentos de preço e sugere compras pela internet
O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a criticar a decisão de setores do comércio em Mato Grosso, como combustíveis, farmácias e supermercados, em aumentar o preço final de alguns produtos por conta da novas cargas tributárias que se iniciaram em janeiro deste ano.
As mudanças de alíquotas foram implantadas em uma reforma tributária, sancionada em julho do ano passado.
O governador disse que o consumidor mato-grossense não cairá em “joguinhos” de empresários. Ele alertou aos comerciantes que os consumidores podem comprar via internet, onde os preços costumam sair mais em conta.
“Há sempre uma forma das pessoas questionarem, espernearem. Mas o mercado se autorregula. O Governo tem seus órgãos de controle. Qualquer abuso, o Procon e órgãos de controle poderão ser acionados”, disse ele.
“Mas existe a própria regulação do consumidor. As pessoas compram pela internet. Compram fora do Estado. Hoje, o consumidor é muito sabido. Então, quem quiser fazer esse joguinho de aumento de preço pode dar com burros n’água, porque o consumidor está muito esperto. Hoje é muito fácil pesquisar preço em Mato Grosso e em todo Brasil. Então é bom as pessoas não fazerem joguinho”, acrescentou.
Anteriormente, Mendes já havia dito que não cederia à pressão dos empresários.
Ele ressaltou que não aumentou nenhum imposto na lei aprovada em 2019. Segundo o democrata, a medida, na verdade, reduziu os incentivos fiscais concedidos de maneira ilegal na gestão do ex-governador Silval Barbosa.
Mendes citou, inclusive, a delação do ex-gestor, em que ele confessou o recebimento de vantagens indevidas para conceder os incentivos no Estado.
Para 2020, a Lei Orçamentária Anual (LOA) prevê pouco mais de R$ 6 bilhões em incentivo fiscal.
“Existe uma inverdade quando dizem que houve aumento de ICMS. Teve redução de incentivo fiscal. Vocês mesmos criticaram os incentivos fiscais dados em Mato Grosso. Então, estamos reduzindo incentivos fiscais dados ao comércio. Diga-se de passagem, alguns delatados por um ex-governador”, afirmou.
“Então, não vou manter incentivo fiscal que foi comercializado para determinados setores. Não é para todos, mas isso está na delação. E quem quiser tirar dúvidas basta ler os processos que tramitam na Justiça”, completou.
(Midianews)