MARIA CORUMBÁ EM AQUIDAUANA, UMA HISTÓRIA DE VIDA ESSENCIAL HÁ 48 ANOS
Quem já entrou no escritório regional da Sanesul em Aquidauana, certamente foi recebido com sorriso no rosto. Felicidade é a marca registrada de Maria Helena Corumbá, a mais antiga funcionária em atividade da Sanesul.
“Entrei na empresa de saneamento (SANEMAT) em 16 de novembro de 1972. Comecei como assistente de serviços gerais e, ao longo dos anos, passei por todos os setores da empresa”, comenta dona Mariazinha, como é conhecida e carinhosamente chamada pelos colegas de trabalho.
Nos 48 anos de serviços prestados à Sanesul, ela coleciona muitas histórias que gosta de contar. A começar pelo jeito que entrou na Empresa de Saneamento em Aquidauana.
“Eu era bem jovem e já mãe de dois filhos. Passei muitas dificuldades na vida. Mas, Deus usou um homem muito caridoso para me ajudar”, comentou. Na época em que entrou na empresa, Mato Grosso era um Estado Uno e na Capital, que era Cuiabá, muito distante de Aquidauana, era onde tudo acontecia. E foi justamente de lá que veio a ordem para que Dona Mariazinha fosse registrada na empresa de saneamento em Aquidauana.
“Quem me ajudou a arrumar o emprego foi o Doutor Fragelli, marido de Dona Lurdes. Os dois me conheceram bem jovem, sabiam da minha situação difícil com dois filhos, e sempre me ajudaram, inclusive me dando essa grande e única oportunidade de trabalho que tive na vida. Nunca mudei de emprego. Comecei na Sanemat, agora Sanesul e, aqui é minha vida”, comenta.
A ordem da contratação é um detalhe que dona Maria não deixa escapar. “O Doutor Fragelli, então governador do Estado do Mato Grosso, perguntou notícias minhas quando estava de férias em Aquidauana. Sabendo da minha necessidade, pegou um guardanapo e nele escreveu a ordem para que eu me apresentasse na empresa de saneamento – a SANEMAT em Aquidauana.
Entrei como ajudante de Serviços Gerais e nunca mais saí da empresa de saneamento. Passei pela área comercial, onde cuidava do atendimento de corte de água e religação, depois fui para área operacional, onde era responsável pela distribuição do serviço. Fiquei 9 meses na ETA cuidando do tratamento de água. E, hoje, sou Assistente Administrativo do escritório regional aqui na cidade, mas sei fazer um pouco de tudo”, afirma.
Outro orgulho de Dona Maria foi ter nascido dentro de uma aldeia indígena. “Nasci no dia do Índio, 19 de abril de 1953 na aldeia Limão Verde, pertinho aqui de Aquidauana. Meus avós trabalhavam na aldeia e foi onde eles me criaram. Talvez por isso, eu seja assim, calma e serena”, acrescenta Dona Maria.
E por ter essa característica, Dona Mariazinha afirma que ama o que faz, principalmente atender as pessoas. “É preciso saber o caso de cada um, saber o que a pessoa está sentindo quando busca atendimento no escritório. Cada um que chega vem com uma necessidade e muitas vezes com outros problemas”.
Neste momento da conversa, ela lembra de um fato atípico, e no mínimo curioso, que aconteceu num atendimento há alguns anos. “Teve uma época, na década de 70, que o compressor da bomba do poço artesiano havia queimado. Ficamos 15 dias sem água na cidade. Imagina, um lugar quente como Aquidauana e sem água. Reclamação era que não faltava! Foi duro explicar para as pessoas o que havia acontecido, principalmente para um senhor que chegou no escritório muito bravo e com um revólver na cintura. O gerente da época, Sr. Orlando Santana, e eu tivemos de contornar a situação”, recorda.
Apesar de ter se aposentado em janeiro de 2009, dona Maria Helena Corumbá, a ‘Mariazinha’, continua ativa no trabalho. “A Sanesul é minha vida”, finaliza.
Atualmente, ela cuida dos processos internos como a abertura e fechamento de diárias dos funcionários, realiza atendimento interno e telefônico.
(Fonte: Ascom Sanesul)