Abertura das Paralimpíadas celebra inclusão e incentiva pessoas com deficiência
Pela segunda vez na história, Tóquio teve a honra de declarar abertos os Jogos Paralímpicos. Primeira cidade a ter tal privilégio por ter sediado também o evento em 1964, a capital japonesa celebrou nesta terça-feira o início das Paralimpíadas de 2020. O evento vai até 5 de setembro.
Apesar de modesta em comparação a edições anteriores e sem público em virtude da pandemia de Covid-19, a festa emocionou ao homenagear o Afeganistão, ao promover reflexões sobre inclusão e igualdade e incentivar as conquistas de uma parcela tão expressiva da população mundial, mas ainda discriminada.
Todos nós temos asas (https://ge.globo.com/paralimpiadas/video/yui-wago-representa-a-pequena-monoasa-a-menina-que-mostra-que-todos-podem-voar-na-cerimonia-de-abertura-9795155.ghtml )
O enredo da parte artística teve como fio condutor a história de um avião de apenas uma asa. Na metáfora lúdica, a pequena aeronave tinha desistido de tentar voar. Ela se anima ao ver outros seis aviões com diferentes características/deficiências e ao deixar o “para aeroporto” e ver outros exemplos encorajadores. É incentivada a sonhar, realizar e alçar voo independentemente de suas aparentes limitações.
O cenário montado para a abertura das Paralimpíadas pôs em prática a acessibilidade em pequenos detalhes. A pira foi exposta em uma plataforma mais baixa do que na cerimônia das Olimpíadas, para que ficasse à altura dos olhos dos atletas, em grande parte cadeirantes. O deslocamento sobre rodas, inclusive, se mostrou possível pela presença de rampas.
A entrada dos Agitos, símbolos das Paralimpíadas, foi emocionante. Formados por balões vermelho, azul e verde gigantes, refletiram exatamente a ideia de sua essência, o conceito de “eu me movimento”. Os 22 esportes do programa dos Jogos, incluindo os estreantes parabadminton e parataekwondo, foram representados em vídeo.