Abertura das Paralimpíadas celebra inclusão e incentiva pessoas com deficiência

Evelyn Oliveira e Petrúcio Ferreira carregam a bandeira do Brasil na abertura das Paralimpíadas — Fotos: Buda Mendes/Getty Images

Pela segunda vez na história, Tóquio teve a honra de declarar abertos os Jogos Paralímpicos. Primeira cidade a ter tal privilégio por ter sediado também o evento em 1964, a capital japonesa celebrou nesta terça-feira o início das Paralimpíadas de 2020. O evento vai até 5 de setembro.

Apesar de modesta em comparação a edições anteriores e sem público em virtude da pandemia de Covid-19, a festa emocionou ao homenagear o Afeganistão, ao promover reflexões sobre inclusão e igualdade e incentivar as conquistas de uma parcela tão expressiva da população mundial, mas ainda discriminada.

O enredo da parte artística teve como fio condutor a história de um avião de apenas uma asa. Na metáfora lúdica, a pequena aeronave tinha desistido de tentar voar. Ela se anima ao ver outros seis aviões com diferentes características/deficiências e ao deixar o “para aeroporto” e ver outros exemplos encorajadores. É incentivada a sonhar, realizar e alçar voo independentemente de suas aparentes limitações.

O cenário montado para a abertura das Paralimpíadas pôs em prática a acessibilidade em pequenos detalhes. A pira foi exposta em uma plataforma mais baixa do que na cerimônia das Olimpíadas, para que ficasse à altura dos olhos dos atletas, em grande parte cadeirantes. O deslocamento sobre rodas, inclusive, se mostrou possível pela presença de rampas.

A entrada dos Agitos, símbolos das Paralimpíadas, foi emocionante. Formados por balões vermelho, azul e verde gigantes, refletiram exatamente a ideia de sua essência, o conceito de “eu me movimento”. Os 22 esportes do programa dos Jogos, incluindo os estreantes parabadminton e parataekwondo, foram representados em vídeo.

– Quando a humanidade deveria se unir contra a Covid-19 houve um desejo destrutivo de quebrar essa harmonia. Vendo o que nos une, focar nos fatores que nos diferenciam, alimenta a discriminação. Isso enfraquece o que queremos alcançar como raça humana. A diferença é uma força, não uma fraqueza. O mundo pós pandêmico deve abarcar uma sociedade onde as oportunidades existam para todos. (Trecho do brasileiro Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, na solenidade de abertura da Paralímpiadas de Tóquio )  
(Fonte: Ge.com.br)

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