Acidente aéreo: Sindicato destaca trabalho de peritos papiloscopistas na identificação de vítima
O Sindicato dos Peritos Papiloscopistas de MS destacou nesta sexta-feira o trabalho e empenho feitos pela categoria para identificar a primeira vítima do grave acidente aéreo ocorrido em Aquidauana nesta semana, em que matou todos os quatro ocupantes de uma aeronave de pequeno porte.
Através de requisição policial e trabalhos conduzidos pela delegada de polícia Ana Claudia Medina, que requisitou o exame necropapiloscópico, foi identificado o brasileiro Rubens Crispim Junior. A necropapiloscopia é um método científico de identificação humana amplamente utilizado no mundo, seguindo as normas e diretrizes internacionais de DVI (Identificação de vítimas em Desastres).
A necropapiloscopia é uma área pericial forense que se dedica à identificação de cadáveres por meio de impressões digitais, utilizando métodos específicos para coletar e analisar os fragmentos das digitais presentes nas papilas dérmicas dos falecidos. É uma modalidade da perícia papiloscópica, que confronta as impressões digitais recolhidas com registos pré-existentes, como os de documentos de identificação ou de bancos de dados policiais, sendo a mais rápida e eficaz para a identificação humana.
Conforme o Sinpap/MS, para realizar o procedimento, os peritos oficiais forenses papiloscopistas agiram de maneira rápida e com excelência, se deslocando do Instituto de Identificação de MS. A entidade cita os peritos Orivaldo Gonçalves Mendonça Junior e Gisélia Subtil, que se deslocaram até o Núcleo Regional de Identificação de Aquidauana, onde atuaram em conjunto com as peritas Erika Gehre e Leandra Gomes. No local, foi feito o trabalho de análise tegumentar, coleta de material e preparação dos tecidos em soluções químicas, etapa fundamental para a recuperação das impressões digitais.
O material coletado foi então encaminhado para Campo Grande, onde os peritos oficiais forenses papiloscopistas Anselmo Luiz e Paulo Lins, também do Instituto de Identificação, deram continuidade ao trabalho, realizando a coleta e individualização através de metodologia científica papiloscópica e concluíram a identificação da vítima.
As demais vítimas do acidente ainda aguardam identificação por outros métodos, conforme informou a Coordenadoria-Geral de Perícias. Até o momento, não houve divulgação de resultados por outros métodos científicos oficiais que confirmem os nomes dos demais envolvidos.
Diferente da primeira identificação que ocorreu em cerca de 24 horas, o prazo regular do IALF para liberação de identificação por exame de DNA é de cerca de três meses. Porém, por se tratar de caso de repercussão, o tempo deve ser acelerado. Seja qual for este período, a liberação dos demais corpos somente poderá ser feita depois dos exames confirmarem através de métodos científicos validados, a identificação dos corpos.
Em publicação oficial, o sindicato reafirma o compromisso dos peritos oficiais forense papiloscopistas de atuarem com agilidade, rapidez e atenção à todos os casos. “Independente da situação, nosso trabalho é pautado na excelência para dar uma resposta à sociedade e um destino digno das vítimas aos familiares”, afirma a nota.