Após dois anos, Mato Grosso do Sul volta a registrar mortes por Influenza H1N1
Após dois anos, Mato Grosso do Sul voltou a registrar mortes por Influenza H1H1. Em último boletim epidemiológico, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) indicou que as mortes são de moradores de Campo Grande e de Caracol, e que ambos não tinham histórico de vacinação contra a gripe.
As últimas mortes registradas pela H1N1 foram em 2020, com total de 3 vítimas do subtipo da Influenza, logo, as últimas mortes ocorreram há mais de dois anos em MS.
Ainda segundo o levantamento da SES, neste ano são 10.789 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 521 casos de Influenza (511 casos de H3N2, 7 de H1N1 e 3 casos não suptipados). Também são notificados 105 óbitos, sendo 101 por H3N2, dois de H1N1 e dois não subtipados.
As duas mortes por H1N1 aconteceram no mês de outubro e são dois homens, um residente no município de Campo Grande, com 80 anos (óbito em 14 de outubro), e o outro residente de Caracol, com 65 anos (óbito em 18 de outubro).
“A SES/MS esclarece que ambos estavam com doenças de base como cardiopatia crônica e doença renal crônica. Nos dois casos, não há registro de terem sido vacinados para Influenza”, disse a secretaria em nota.
Vacinação contra a Influenza – Em setembro, a vacina contra a gripe havia sido liberada para toda a população nas unidades de saúde. Na ocasião, haviam sido disponibilizadas 31 mil doses de vacina em Campo Grande diante do surto que a Capital estava enfrentando, com 37 mortes.
“As pessoas banalizam a Influenza, mas todos os anos temos óbitos pela doença em diferentes faixas etárias. A vacina é segura e diminui consideravelmente as internações e casos graves. A população precisa ter noção da gravidade da não vacinação”, avaliou a médica infectologista Mariana Croda.
Segundo ela, além de pessoas desprotegidas, em especial as que fazem parte dos grupos de risco, a baixa vacinação mantém a circulação do vírus. “Tivemos um surto epidêmico no primeiro semestre e agora um aumento está voltando. Temos o privilégio de o Brasil ofertar essa vacina, por isso, é importante se proteger”, finaliza.
O imunizante está disponível para toda a população a partir dos seis meses, em todas as unidades básicas de saúde de Campo Grande.
A campanha nacional de vacinação contra a gripe terminou no dia 24 de julho. Depois disso, a aplicação, que estava restrita a grupos prioritários como idosos, crianças e portadores de doenças crônicas, foi aberta a todos os moradores. (Midiamax)