Assembleia de MS dá início ao tombamento da região do Parque dos Poderes

Parque dos Poderes, que integra complexo em vias de ser tombado após aprovação de decreto pela Assembleia

Por unanimidade, foi aprovado nesta quinta-feira (29) pela Assembleia Legislativa o projeto de decreto legislativo que dá início ao processo de tombamento do Complexo de Preservação, Proteção e Recuperação Ambiental dos Poderes de Mato Grosso do Sul –abrangendo o Parque dos Poderes, o Parque Estadual do Prosa e o Parque das Nações Indígenas.

O Complexo dos Poderes foi criado por meio da lei 5.237/2018, proposta pelo deputado estadual Amarildo Cruz (PT), também autor do decreto aprovado nesta quinta. Segundo ele, a intenção é proteger todo o projeto arquitetônico da região e preservando as características originais da região. A instrução processual do tombamento ficará sob responsabilidade da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) com base em parecer do Conselho Estadual de Cultura.

“O tombamento é uma das iniciativas possíveis para a preservação dos bens culturais e ambientais, na medida em que impede legalmente a sua destruição e descaracterização. Acredito que a fundação entenderá como necessário esse tombamento, visto que o objetivo é manter as características originais do projeto arquitetônico do Complexo dos Poderes”, destacou Amarildo.

A região sob proteção começou a ser ocupada com a implantação do Parque dos Poderes, há 36 anos. O projeto original do ex-governador Harry Amorim Costa era de construir um edifício com 33 andares para abrigar toda a estrutura administrativa do Estado. No entanto, o também ex-governador Pedro Pedrossian solicitou novos estudos, que culminaram na construção da área administrativa em área que pertencia à Sanemat (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), mais tarde convertida na Sanesul.

Tombamento do Complexo dos Poderes visa a conseguir a preservação de bens culturais e ambientais, disse Amarildo

Complexo – Projetado já com o traçado das ruas e rotatórias, o Parque dos Poderes abrigava originalmente os prédios das secretarias estaduais, Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa. Depois, foram construídas as estruturas do Tribunal de Contas, Ministério Público Estadual, TVE Cultura, Polícias Civil e Militar e o Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo (o Palácio Popular da Cultura). Órgãos federais, como a Receita, Justiça Federal, Tribunal Regional Eleitoral e Tribunal Regional do Trabalho se instalaram nos arredores do Parque dos Poderes.

Em 1981, foi criada a Reserva Ecológica do Parque dos Poderes, convertido em 2002 no Parque Estadual do Prosa, estendendo-se por 135 hectares e abrigando amostras de ecossistemas do Cerrado, bem como servindo de proteção para as nascentes do córrego Prosa.

Já o Parque das Nações Indígenas teve sua área desapropriada nos anos 1980 para preservar a região da crescente urbanização no entorno dos córregos Sóter e Réveillon, sendo aberto ao público 14 anos depois. Com 119 hectares, abriga estruturas de esporte e lazer como a Concha Acústica Helena Meirelles, os museus Dom Bosco e de Arte Contemporânea e os monumentos ao Índio e à Zarabatana.

(Fonte:Campograndenews)

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