Assistente social diz que participação popular é instrumento para conquistas

Não existem vitórias sem luta. Em função desta realidade, a garantia de ações e serviços que garantam o mínimo de qualidade de vida para as pessoas é, muitas vezes, resultado de mobilização e movimentos de reivindicações. A assistente social Meire Oliveira, de Carolina-MA, defende a organização social como instrumento de conquistas comunitárias.

Meire Oliveira tem uma relação muito próxima com a comunidade local, tanto na cidade como na zona rural, onde os serviços são ainda mais precários e quase não existe a presença do poder público. “Além de ajudar na organização das pessoas para dar mais força no movimento por melhorias nos locais onde vivem, é fundamental que os agentes públicos tenham, de forma verdadeira, um olhar mais humanitário”, afirma Meire.

A assistente social pondera que em muitos locais a situação é de abandono, com as comunidades sendo heróicas para garantir a sobrevivência. “Os serviços públicos devem chegar minimamente a todos os locais, pois o poder público recebe verbas específicas para investimento em saúde, educação e assistência às pessoas”, observa.

Um dos casos que mais chamam a atenção da assistente social é em relação ao transporte escolar, principalmente no sertão. As crianças e jovens acabam ficando sem irem na escola por falta de veículos e, quando existem de forma mais regular, o transporte é feito de maneira irregular, amontoando estudantes dentro principalmente de camionetes e demais utilitários. “A melhoria deste quadro triste deve ser bandeira de todos nos mais diferentes setores, é uma necessidade humana”, pondera Meire Oliveira.