Bebê de 5 meses é estuprada e morta em Campo Grande
Melanie tinha apenas cinco meses. Sem registro de nascimento, sem as vacinas, sem proteção. Ela morreu na noite de terça-feira(22/06) em Campo Grande (MS). Seu nome era Melane, mas ela não tinha registro de nascimento. A bebê chegou morta na UPA Leblon, enrolada em um lençol. Sem nome, sem direito a algo tão básico que é a cidadania.
Profissionais de saúde que atenderam o caso ficaram abalados com a situação da criança. Os médicos, de imediato perceberam que haviam lesões compatíveis com violência sexual no ânus e na vagina. A violência sofrida pela criança deixou marcas em seu corpinho frágil. Quem viu a cena no local conta que as lágrimas rolavam nos olhos do médico.
Uma bebê gordinha, negra, com a beleza que os bebês têm. Daqueles casos que geram comoção, e revolta. Com tanta gente pedindo para ser mãe, como uma “mãe” faz isso. G. P. confessou a morte da menina, contou à polícia que matou a bebê afogada.
A “mãe”, uma jovem de 21 anos, já tinha outros dois filhos, que estão com a avó materna, que mora na zona rural. “Eu já crio dois filhos dela, essa é a terceira”, contou ela ao telefone. G.P. não falava “nada com nada” e a suspeita é que ela tenha passado o dia todo usando drogas. Confessou para a polícia que matou a filha, mas não contou sobre as lesões nas partes íntimas. O hímen estava rompido, havia sinais de laceração. A violência choca, detalhes de um sofrimento intenso sofrido por uma bebê de apenas cinco meses.
Melanie, só foi ter nome após a chegada da polícia, que passou a inquirir a mãe sobre o que tinha acontecido. Um homem que se apresentou como pai, chegou ao local e confirmou o nome, explicou que a menina não tem mesmo sequer o registro civil. Para que ela seja sepultada, agora será preciso que todos os trâmites sejam cumpridos. Inclusive o que lhe faltou em sua curta vida: ser reconhecida como cidadã brasileira.
Melanie foi levada então para uma maca, enroladinha num lençol, a bebê estava nua. O rostinho perfeito. Perdeu a vida em um mundo tão imperfeito. Ali, diante daquele ser tão indefeso, os profissionais fizeram uma oração. Chorando baixinho, na morte dela, agora vai ter cidadania.
“O respeito que não tiveram por ela em vida, que seja dado em morte e a justiça seja feita”, finalizou uma das pessoas que fez a oração. (Fonte: A Onça)