Brasil conquista medalha de prata na maratona em despedida dos Jogos de Tóquio
O último dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Tóquio começou com cinco brasileiros disputando a maratona. Alex Douglas da Silva, na classe T46 (deficiência em membros superior), largou às 18h50, horário e Brasília e finalizou a prova no segundo lugar com o tempo de 2h27min, e recorde sul-americano, no Estádio Olímpico de Tóquio, conquistando a medalha de prata. O primeiro lugar ficou com o chinês Li Chaoyan, com o tempo de 2h25min50. O atleta japonês Tsutomu Nagata, com o tempo de 2h29min33, completou o pódio.
Alex Douglas entrou na prova com a estratégia de avançar após completar metade do circuito. “A gente tinha um intuito de fazer uma prova bastante inteligente, com uma largada um pouco mais conservadora e tentar ficar o mais próximo possível do grupo da frente. Eu comecei a crescer depois do meio da prova, no quilômetro 30 encostei no primeiro e no segundo colocado e já fui tentar buscar o líder. Deu certo a estratégia”, contou ao Sportv.
Ao completar a prova, na linha de chegada, Alex Douglas fez o “aviãozinho” em homenagem ao maratonista Vanderley Cordeiro, bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004.
“A sensação de chegar no estádio é muito boa, uma situação diferente de grande emoção. Quando você entra no Estádio e vê que está a frente dos adversários aí você dá uma relaxada e chega um pouco mais solto. Estou feliz pela medalha de prata e por representar o Brasil”, comemorou.
Esta é a primeira medalha do maratonista em Jogos Paralímpicos. Alex, da cidade de Sapiranga, no Rio Grande do Sul, conheceu o atletismo paralímpico em 2007. Entre as principais conquista do maratonista, estão o ouro no Mundial de Maratonas de 2017 em Londres; prata nos 1.500m no Mundial de Doha 2015 e prata na Maratona do IPC, em Londres 2015.
“Ainda não caiu muito a ficha. Quando você passa na linha de chegada, passa um milhão de coisas na cabeça como o tanto de coisas que a gente passa ao longo dos anos, ao longo da nossa carreira, das pessoas que estão sempre me ajudando. Eu estou muito feliz de ter conquistado esta medalha”, disse.
Na prova feminina na classe T54, em que os atletas usam cadeira de rodas, Vanessa de Souza, campeã da São Silvestre de 2017, foi a primeira dos brasileiros a largar. Após 1h51min12, a maratonista terminou a prova na 12ª colocação.
A última prova a ser finalizada foi a feminina T12, com Edneusa Santos, bronze na maratona dos Jogos Paralímpicos do Rio, que terminou a prova na capital japonesa na quarta colocação com o tempo de 3h15min32. A segunda participante brasileira na prova, Edilene Boaventura, fechou a prova na sétima posição com o tempo de 3h26min32.
Dono da centésima medalha de ouro da história do Brasil em Jogos Paralímpicos, o fundista Yeltsin Jacques deixou a maratona T12 (para deficiente visual) aos 21km com o tempo de 1h51min12.
Parabadminton
Único representante brasileiro no parabadminton nos Jogos de Tóquio, o curitibano Vitor Tavares encerrou a sua participação na classe SH6 (baixa estatura), em quarto lugar, após ser derrotado pelo britânico Krysten Coombs por 2 a 1.
“Foi uma experiência muito boa, eu pratico o parabadminton há cinco anos e já estou aqui disputando os Jogos. Eu batalhei o máximo para trazer uma medalhar para o Brasil. Agora é pensar em Paris 2024”, disse sobre a trajetória dele em Tóquio. “Esse quarto lugar foi um resultado muito bom. Obrigado pela torcida de todos”, disse o curitibano.
Na primeira parcial, o atleta venceu o adversário por 21 a 12. Já no segundo game, Coombs abriu vantagem contra o brasileiro e empatou a partida em 1 a 1, com a parcial de 21 a 10. Com o empate, a decisão foi para o terceiro e último game, e o brasileiro foi superado por 21 a 16, ficando fora do pódio.
Para chegar a disputa de bronze, Vitor Tavares venceu a primeira partida diante do atleta da Malásia, Didin Taresoh. Depois sofreu duas derrotas, una para o indiano Krishna Nagar por 2 a 0 e na semifinal para atleta de Hong Kong, Man Kai Chu por 2 a 1. (Assessoria)