Cassems cria hospital de campanha e amplia em 50% o número de leitos de UTI do hospital de Campo Grande
Diante da pandemia de coronavírus e se antecipando a possível necessidade, a Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul (Cassems), cria hospital de campanha para o atendimento de pacientes que estejam com os sintomas do Covid-19. A unidade, que tem capacidade para 30 leitos e três consultórios, foi estruturada no estacionamento do Hospital Cassems de Campo Grande e estará disponível para atendimento ao beneficiário a partir dessa segunda-feira (23).
Além dessa medida, a Cassems também anuncia a ampliação em 50% do número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), saltando de 20 para 30 leitos. Essa estrutura é fundamental para o atendimento com segurança aos casos de pacientes infectados pelo novo coronavírus. A unidade também possui três leitos de isolamento com câmara de pressão negativa, sendo distribuídos da seguinte forma: um no Pronto Atendimento, um na UTI Geral e um na UTI Cardio.
“Estamos tomando todas as medidas necessárias para que possamos atravessar esse período desafiador com garantia de atendimento de qualidade e humanizado ao nosso beneficiário. E isso, inclui nos anteciparmos à necessidade, que é o que estamos fazendo com a criação desse hospital de campanha e com a ampliação do número de leitos de UTI. Trata-se de uma medida preventiva muito importante, já que o grande desafio em todo o mundo é a disponibilidade de leitos”, ressalta o presidente da Cassems, Ricardo Ayache.
Com a estruturação do hospital de campanha, o objetivo é melhorar a segurança a todos, garantindo triagem mais eficiente entre os pacientes com quadros diversos de doenças respiratórias. “Nosso objetivo é identificar o mais rápido possível os casos que possam caracterizar uma infecção por coronavírus e prontamente adotar os protocolos determinados pelo Ministério da Saúde. Nesse sentido, o hospital de campanha será muito importante para a melhoria do nosso fluxo de atendimento”, explica o diretor clínico da unidade hospitalar, Marcos Bonilha.
Vale salientar que pelo menos 80% dos casos que buscam atendimento no Hospital Cassems de Campo Grande apresentam sintomas de doenças como dengue e resfriados comuns, sendo poucos os casos que, no momento, são enquadrados nos critérios adotados pelo Ministério da Saúde para o Covid-19. “É preciso reafirmar que em caso de sintomas leves de gripes e resfriados o paciente não deve procurar atendimento hospitalar. Neste momento, a prioridade para buscar assistência em saúde no pronto atendimento deverá ser feito por pessoas que apresentarem falta de ar ou que tenham tido contato com pessoas infectadas, como critérios definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Infectologia, evitando assim, aglomerações desnecessárias e risco de transmissão de outras doenças, além do Coronavírus”, ressalta a infectologista e diretora do Comitê de Crise do Coronavírus do Hospital Cassems de Campo Grande, Marcia Dal Fabbro.
Outras Medidas
A Cassems também anunciou a suspensão de todas as cirurgias eletivas, sendo prioritários apenas os procedimentos cirúrgicos considerados de urgência e emergência. “Estamos seguindo todos os protocolos e recomendações das autoridades sanitárias, capacitando e orientando as nossas equipes constantemente. Adotamos como medida preventiva e de atendimento, a suspensão dos grandes eventos corporativos que reuniriam públicos significativos e os atendimentos em unidades como o Centro de Prevenção, a Clínica da Família e o Centro Médico e de Diagnóstico Avançado – CMDA, que concentram grande número de idosos para atendimentos ambulatoriais e atividades físicas”, salienta a diretora de Assistência à Saúde da Cassems, Maria Auxiliadora Budib.
Além disso, a campanha de vacinação contra a gripe H1N1 e demais cepas virais, uma prioridade há 10 anos, foi antecipada para março. Toda a rede de atenção à saúde da Cassems, na Capital e no interior, encontra-se preparada para o melhor atendimento ao beneficiário.