Cassems lança programa de renegociação de dívida e deve beneficiar 18 mil servidores públicos
A Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) lança, nesta quarta-feira (02), seu primeiro programa de renegociação de dívidas com descontos de até 90% em débitos adquiridos em razão de tratamentos e terapias em que houve a necessidade de utilização de “Órtese, Prótese e Materiais Especiais – OPME”. O programa deverá amparar mais de 18 mil beneficiários em débito com o plano.
A negociação das dívidas poderá ser feita, por meio do Portal do Beneficiário ou aplicativo da Cassems, durante todo o mês de setembro deste ano. Os beneficiários em dívida com a Cassems terão desconto de até 90% em pagamentos à vista e 80% em pagamentos parcelados. Os descontos são aplicados apenas em dívidas adquiridas em razão de tratamentos e terapias com OPME antes de 1° de agosto deste ano. Desta forma os boletos gerados referentes ao mês de agosto devem ser desconsiderados.
De acordo com o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, o objetivo do programa é facilitar a vida do beneficiário endividado. “Sabemos que quitar esse débito é uma preocupação constante dos servidores públicos. Ao mesmo tempo, queremos que ele tenha meios de continuar com seus tratamentos e cuidados com a saúde”, ressaltou.
O presidente da Cassems explica ainda que, em alguns casos, as dívidas dos beneficiários da Cassems com OPME chegam a ser 90 vezes maiores que o salário do indivíduo. Quando somados, esses débitos – vencidos e a vencer – ultrapassam a quantia de R$28 milhões, em alguns casos, os parcelamentos chegam até 2051.
Ayache dá exemplos de procedimentos que absorvem uma grande fatia da remuneração do servidor. “Ao fazer uma cirurgia de coluna, procedimento que faz parte do rol de procedimentos da ANS, o beneficiário contribuía com 20% do valor do material. Em uma cirurgia neurológica que pode custar até 200 mil reais, o beneficiário pagava 40 mil”, ressalta o presidente da Cassems.
Antes da implantação do novo modelo de contribuição fixa, beneficiários que não pagavam as dívidas ficavam impedidos de usar o plano de saúde. “Temos pessoas com parcelamento na Cassems até 2051. Essas dívidas sacrificam o beneficiário que, na hora em que ele mais precisa, tem que arrumar um dinheiro que às vezes ele não tem”.
A partir da implantação da Cobrança Fixa por Beneficiário, ocorrida no dia 1º de agosto, foi possível extinguir a cobrança do fator coparticipativo para procedimentos em que foram necessários uso de OPME, a cobrança de consulta odontológica e a cobrança por procedimentos odontológicos. A “Contribuição Fixa por Beneficiário” será mensal, no valor de R$45,00 e é limitada a R$180 por grupo familiar natural, não abrangendo os agregados que também contribuirão com o valor individual.
(Da assessoria)