CBF inicia campanha para dissociar política da camisa da seleção

Antes da convocação para a Copa do Mundo de Futebol de Campo deste ano, a assessoria da CBF informou que exibiria um vídeo: tratava-se de uma peça publicitária para promover a camisa da seleção brasileira. É uma iniciativa para tentar dissociar o uniforme do time nacional de política, já que foram usados largamente como símbolo pelos apoiadores do presidente República, Jair Bolsonaro.

No vídeo, há um rap com o refrão utilizando um trecho da música de Lulu Santos “Tão bem”. O refrão da música é “Ela me faz tão bem, Ela me faz tão bem/Que eu também quero fazer isso por ela.” É uma referência à camisa da seleção. “É o início de uma campanha institucional. Passará na TV aberta e fechada, e redes sociais. É para mostrar que todos podem se sentir bem com a camisa da seleção”, contou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Durante a eleição, a CBF já pensava em lançar esse movimento para dissociar o uniforme amarelo de só um movimento político, no caso de apoiadores do presidente Bolsonaro, o que afastava os outros torcedores. Só que houve a percepção que não adiantaria dar um passo nesta direção durante o pleito. Era preciso esperar a conclusão da votação.

Por isso, a CBF e a comissão técnica da seleção vinham se mantendo afastadas de qualquer partido ou movimentos políticos. Havia uma cautela justamente para evitar criar antipatia ao time.

O principal jogador da equipe, Neymar, optou por se posicionar durante a eleição ao declarar apoio a Bolsonaro. Ainda prometeu festejar um gol com os números do então candidato, que acabou derrotado no pleito. Apesar de se manter neutra, a CBF respeita a posição de cada jogador.

Mas a atitude do jogador do PSG tornou mais difícil a tarefa da confederação de dissociar o time da política. A campanha institucional é o primeiro passo nesse sentido, embora se entenda na CBF de que é um processo que não será resolvido apenas com uma campanha publicitária. Há uma expectativa que, com o tempo, o clima da eleição seja dissipado.

A campanha — chamada de “Energia” — foi iniciada  com inserções na Globo. Há duas versões do filme, uma mais longa e outra mais curta, feita para TV aberta. (Fonte: Uol)

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