Chineses clonam porcos usando IA pela primeira vez

Pesquisadores da Faculdade de Inteligência Artificial da Universidade Nankai, na China, desenvolveram um novo método totalmente automatizado para clonar porcos. Segundo os cientistas, foi a primeira vez que sete leitões saudáveis clonados nasceram de uma mãe de aluguel sem qualquer intervenção humana.

A China é atualmente o maior produtor e consumidor de carne suína do mundo, com um rebanho superior a 400 milhões de animais. Cada habitante consome, em média, 35 kg da carne suína por ano, tornando o estoque do país insuficiente para atender a demanda e obrigando o governo a importar o produto de outros países.

“Nosso método automatizado de clonagem de porcos com inteligência artificial (IA) pode aumentar significativamente a população desses animais da China, tornando o país completamente autossuficiente na produção de carne suína nos próximos anos”, explica o professor de bioquímica Liu Yaowei, coautor do estudo.

Clone robotizado

Os métodos atualmente usados ​​para clonagem de porcos na China requerem o envolvimento humano em várias etapas. Essa abordagem aumenta a chance de erro durante a transferência nuclear de células somáticas, pois exige que uma pessoa remova o núcleo do óvulo de um animal para introduzir essas células, que podem ser danificadas ou contaminadas durante o processo.

Segundo os pesquisadores, em comparação coma a clonagem de porcos operada por seres humanos, o sistema que utiliza robôs alimentados por inteligência artificial tem uma taxa de sucesso muito superior, já que eles dificilmente cometem erros ou danificam as células usadas durante a criação de um clone.

“Nosso sistema alimentado por IA pode calcular com precisão a tensão dentro de uma célula e direcionar um robô para utilizar uma força mínima para completar o processo de clonagem, reduzindo o dano celular normalmente causado por mãos humanas”, acrescenta Yaowei.

Os pesquisadores agradecem

Como o processo de clonagem tradicional envolve horas de trabalho minucioso, os cientistas precisam passar muito tempo observando e manuseando células microscópicas, uma atividade tediosa e que, invariavelmente, acaba gerando vários problemas de saúde como dores crônicas nas costas.

Com a implantação de um sistema automatizado de clonagem, os pesquisadores pretendem reduzir essa carga de trabalho, deixando que os robôs desempenhem funções maçantes e repetitivas. A ideia é aumentar a produção de carne suína no país, sem prejudicar a capacidade física de quem trabalha no laboratório.

“Esses problemas de estafa laboral e células danificadas podem se tornar coisa do passado com a implantação do nosso sistema. Ao aprimorar o processo, poderemos desenvolver kits de clonagem que serão adaptados por empresas que gostariam de eliminar os humanos da cadeia de produção de animais clonados”, encerra Liu Yaowei.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                (Fonte:Canaltech)

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