“Ciclista à vista”: Diretora da Agetran explica projeto piloto em Dourados

Na semana passada, Mariana de Souza Neto (foto), diretora- presidente da Agência Municipal de Trânsito de Dourados (Agetran), esteve presente na audiência pública que discutiu o Plano Cicloviário de Dourados O evento aconteceu na C^mara Municipal, numa iniciativa do vereador Laudir Munaretto. Ela abordou a questão e disse que o município está trabalhando um projeto piloto, o “Ciclista à Vista”, como base para uma ação mais efetiva em relação aos ciclistas.

Mariana recorda do começo do ano de 2021, quando tiveram a audiência pública sobre a Coronel Ponciano, e fomenta alguns embates que surgiram referente aos ciclistas. “Nós não tínhamos números de ciclistas, tínhamos a contagem de fluxo, mas não temos quem são essas pessoas hoje. Precisamos de dados estatísticos e desde de 2021 estamos trabalhando e fomentando isso para avançar com o trabalho e ter ações pontuais. Em 2021, tivemos quatro óbitos de ciclistas em Dourados , em 2022 nós já temos cinco só até o mês de maio. Esse é um dado que nos preocupa muito”, expressa a presidente da Agetran.

Mariana relata que a agência já entrou em contato com os grupos organizados de ciclismo em Dourados, que é o pessoal que pratica por esporte, com vestimentas adequadas, bicicletas bem sinalizadas e conhecendo muito bem as regras de circulação. “Diferentemente da realidade das pessoas que usam diariamente como meio de transporte para ir ao trabalho, pontua Mariana.

“É uma realidade das pessoas, que muitas vezes que não conhecem as regras de circulação, não são habilitadas, não sinalizam, não tem vestimentas adequadas, e que muitas vezes não tem condições de arrumar o freio da bicicleta. Essas pessoas estão diariamente nas nossas ruas,” diz a diretora da Agetran.

Ela conta que foi identificada a necessidade de envolver esses dois grupos para que compartilhassem o conhecimento com essas pessoas de menor poder aquisitivo, citando a filtragem do projeto em uma empresa específica, para que seja feito um estudo de caso. Mariana explica que este projeto é denominado de “Ciclista a vista”, é piloto e ainda não está em ação. Esse projeto seria inicialmente com os trabalhadores da JBS, traçando os perfis a partir de questionários.

“Eles receberiam durante o projeto coletes refletivos em “x” que são mais fáceis de colocar, kits obrigatórios para as bicicletas, retrovisor, buzinas, iluminação, mini palestras para aprender, revisão nas bicicletas, para ter a segurança do seu veículo e a sinalização das ciclovias que já existem nas proximidades e premiação para os ciclistas a cada trinta dias”, relata a diretora.

Mariana comunica que foram levantados possíveis parceiros, como Ministério público do trabalho, a própria JBS e empresários do ramo de bicicletas ou de outras empresas, grupos de ciclismo, a CCR MS Vias, a PRF e a Câmara Municipal.

Após o projeto piloto, Mariana informa a pretensão  de fazer uma avaliação da adesão, orçamentos reais para saber onde investir no projeto e a expansão para outras empresas, bem como escolas. “E preciso ter  mais ações pontuais e efetivas para essa categoria, trazendo sempre a referência dos grupos que fazem a prática do esporte dentro do projeto”, assinala.

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