Conheça a Pink Farms, maior fazenda urbana vertical da América Latina

Foto: Tiago Queiroz

A inovação da agricultura 4.0 deixou de ser exclusiva do campo. Hoje, está também nos centros urbanos, por meio das fazendas verticais. Fundada em 2017 por três engenheiros, a Pink Farms acredita que o futuro da alimentação é estar cada vez mais perto do consumidor.

Em um galpão de 750 m² na capital paulista, fica a primeira e maior fazenda urbana vertical da América Latina, desenvolvida durante um ano e meio e inaugurada em setembro de 2019 pela Pink Farms. As grandes salas fechadas abrigam plantações de diversas verduras, como alface, rúcula, manjericão, espinafre e acelga.

A principal característica no processo de produção também dá o nome à empresa. Uma luz de LED cor de rosa assume o papel da iluminação solar. O sistema vertical de produção construído pela startup consiste em plantações alojadas em uma torre de oito andares.

Os alimentos crescem com as raízes na água e sem contato direto com o solo. Recebem  ventilação e iluminação de forma controlada. “Isso permite que, por metro quadrado, o nosso cultivo seja 100 vezes mais produtivo que o do campo. Ou seja, uma área de 20m², por exemplo, equivale a 2 mil m² no campo”, explica Geraldo Maia, sócio-fundador da Pink Farms.

Um sistema de automação é usado para controlar todas as variáveis de cultivo, permitindo que o alimento cresça saudável, independente do clima e da época do ano. “Tudo é controlado, desde a temperatura e os níveis de humidade, até o nível de CO² e a intensidade da luz”, conta Geraldo. “Para a planta, é como se ela estivesse finalmente vivendo em um lugar perfeito. Com isso, o sabor, a qualidade e a textura do produto também são diferentes.

Geraldo explica que a ideia de criar uma fazenda vertical surgiu da lacuna presente na característica de cultivo brasileiro. “Entre as vantagens da produção em fazendas verticais estão a de trazer o alimento para perto do consumidor, com muito menos desperdício e com uso mais eficaz de recursos naturais.”

A qualidade do produto é outro diferencial, segundo Geraldo. “O clima brasileiro não foi feito para produzir hortaliças. No geral, elas crescem melhor em climas temperados, com no máximo 23 e 24 graus”, conta. “No Brasil, muitas sementes foram modificadas artificialmente para serem adaptadas ao clima, por isso o país importa sementes.”

Uma outra vantagem é a que a manipulação do ambiente permite que os alimentos sejam cultivados com total rigor de higiene. Isso torna dispensável o uso de agrotóxicos e diminui para zero o risco de contaminação do alimento.

“Em vez de desmatar para produzir, reutilizamos um espaço desocupado”, afirma o sócio-fundador da Pink Farms. Além disso, a startup usa apenas 5% da água consumida no campo para produzir a mesma quantidade. “É um sistema em que a perda é muito reduzida e com custo logístico menor, uma vez que estamos inseridos no próprio centro consumidor.” (Época Negócios)

 

 

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