Deficientes visuais celebram a vida durante confraternização em Rondonópolis

A Associação Rondonopolitana dos Deficientes Visuais (ARDV), promoveu na sexta-feira (30) a sua confraternização anual, reunindo seus integrantes e familiares para desfrutarem de de momentos de descontração e lazer. O evento foi uma verdadeira celebração da vida, ond e a alegria e o prazer de estar em comunidade contagiavam a atmosfera de felicidade. Entre os casais, o que mais se via era o desejo de agradecer o companheirismo, por meio de abraços e beijos apaixonados.

O presidente Élcio Vieira de Souza disse que a confraternização já é uma tradição de 20 anos, desde que a associação foia criada, em 1998.  Ele explica que a intenção era fazer pelo menos duas festas anuais, uma no começo e outra no final de cada ano. No entanto, as dificuldades financeiras não permitem que se faça duas festas por ano, em função de seus custos.

Conforme o presidente, todo o empenho é feito para que a confraternização tenha o máximo de participação possível, sendo que nesse ano cerca de 70 pessoas participaram da festa. “Fazemos uma festa simples mas com muita gratidão pelas pessoas que comparecem para celebrar a vida que, para nós, tem um grau de dificuldade maior, pois nos falta a visão do mundo exterior”, assinala Élcio.

SUPERAÇÃO É A MARCA

Júlia Duarte foi uma das participantes da confraternização dos deficientes visuais de Rondonópolis. Ela diz que a festa é um momento de integração, porque muitos deficientes acabando ficando “presos” dentro de casa por falta de de eventos inclusivos. “É um evento acolhedor para cada um de nós que não temos visão”, disse.

Massoterapeuta há 13 anos, Júlia trabalha na sede da associação em Rondonópolis. Esse também é o tempo de perda de visão dela, ocorrida depois e um acidente automobilístico. “Aqui foi um verdadeiro renascimento para mim, pois estava em casa sem rumo e nem direção depois do acidente. A associação me abriu as portas e mostrou o caminho da inclusão pelo meu trabalho, pois eu já tinha feito o curso antes de perder a visão”, conta Júlia Duarte.

Outra história de superação é de Leandrina de Oliveira Pereira dos Santos ou simplesmente Dina Oliveira, já que também é cantora com direito a CD gravado. Cega desde os três anos e há 30 anos em Rondonópolis, ela é a expressão de luta e vitórias por meio da determinação. Sua deficiência não impediu de estudar e conquistar um diploma de curso superior. Ela é formada em Pedagogia e responsável pelos cursos de formação na associação.

Sempre animada, Dina Oliveira fala que a confraternização anual é um momento especial porque reúne as pessoas para promover a integração. “É um momento da gente fortalecer os laços fraternos e comemorar as coisas boas que a vida tem”, define Dina.

(Fotos e reportagem de Ezequiel Ferreira)

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