Deputado de MS é alvo de operação do Gaeco: “me causou estranheza”

Operação desencadeada na manhã desta terça-feira (5/12) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), cumpriu mandado de busca e apreensão contra o deputado estadual Neno Razuk (PL).

A ação mira o jogo do bicho na Capital e é desdobramento das investigações sobre a apreensão de 700 maquininhas no dia 16 de outubro. Pela manhã, as equipes do Gaeco foram à casa do deputado. Neno reside em Campo Grande atualmente.

“Infelizmente houve um mandado de busca na minha residência. Me causou estranheza, porque não tenho envolvimento em nenhuma atividade [ligada ao jogo do bicho]. Acordei com essa surpresa, essa infeliz surpresa, assinada [mandado de busca] por juiz de 1ª instância. Não sei por qual razão, mas confio na Justiça e tenho certeza da minha inocência e que o desenrolar vai mostrar que não tenho nenhum tipo de envolvimento”, disse o parlamentar durante coletiva realizada na manhã desta terça-feira, na Assembleia Legislativa.

Neno disse ainda não saber o que motivou a determinação judicial e espera os advogados terem acesso ao processo para se inteirar.

“Não sei o teor e estou esperando os meus advogados terem acesso para poder saber o que está acontecendo. Tenho a consciência tranquila, na minha residência não tinha nada de ilício. Tenho certeza que vai ser provada a minha inocência porque eu sei da minha inocência”, relatou.

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ainda não informou os demais alvos da ação e nem detalhes sobre a operação, porém, segundo a imprensa da capital, são 10 mandados de prisão sendo cumpridos na cidade em uma ação contra o jogo do bicho.

“Não tenho nada a ver com jogo do bicho em Campo Grande. Estão querendo jogar isso nas minhas costas. Na iminência de ser legalizado o jogo, os governos vêm trabalhado nisso, tem propostas na Câmara [dos Deputados], no Senado. Agora, com essa irregularidade ocorrida em Campo Grande, eu não tenho nada com isso. Se realmente querem procurar, devem ir a outro lugar, eu não tenho nada aqui. Faço meu trabalho político, voltado as causas sociais”, disse.

Durante a coletiva, Neno ainda questionou o formato como ocorrem as operações no país.

“Do mesmo jeito que fui alvo e tenho certeza da minha inocência, espero o desenrolar da operação, da investigação e de toda a ação judicial para saber o que está acontecendo e tenho certeza de que todos nós podemos sofrer injustiças. E hoje é o que acontece no Brasil, operações para depois provar se é inocente ou culpado”, afirmou.

Após o cumprimento do mandado, Neno participa normalmente das atividades parlamentares na manhã desta terça.

(Por Adriano Moretto, do Douradosnews)

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