Deputado diz que novo governador do MT deveria ter dialogado com os servidores antes de “pacotão”

O deputado federal Carlos Bezerra, que pediu mais diálogo com servidores – Foto: Alair Ribeiro

O deputado federal Carlos Bezerra (MDB) disse que o governador Mauro Mendes (DEM) agiu de forma equivocada ao enviar o “pacotão” de projetos à Assembleia Legislativa sem antes consultar os servidores públicos.

Mauro enviou, no dia 10 de janeiro, um pacote com quatro medidas que visam, principalmente, o equilíbrio das contas públicas. Entre as propostas, está a que regulamenta a concessão da Revisão Geral Anual dos servidores.  O texto foi aprovado em primeira votação.

“Acho que tinha que ter discutido com os servidores antes de mandar qualquer coisa para Assembleia. Sentado com eles e discutido para encontrar um encaminhamento. Até para fazer um apelo a eles de colaboração”, avaliou Bezerra.

Para Bezerra, os protestos nas galerias – no dia da votação da proposta da RGA – aconteceram devido à falta do diálogo com os servidores.

“O primeiro passo é discutir com os servidores, e depois tomar a medida. Eu, quando governei o Estado, a inflação era alta, 20% a 30% ao mês, e eu era o único governador do Brasil que dava reajuste mensal para o servidor”, disse Bezerra.

“O servidor é fundamental. Quem toca o Estado são os servidores. Eles estão na ponta. Se eles não estiverem motivados, prestigiados, a máquina do Estado não anda. Esse é um assunto muito melindroso”, destacou.

Votação 

Os projetos do pacote de mensagens enviado pelo governador Mauro Mendes ao Legislativo devem ser votados todos antes de 31 de janeiro.

O presidente-regional do MDB afirmou que os deputados do partido – que tem a maior bancada com três parlamentares – não foram orientados a votarem favoráveis ao “pacotão”.

“A bancada tem autonomia, está livre para votar suas matérias”, destacou.

“Pacotão” de Mendes

O projeto sobre a RGA estabelece que o Governo só poderá conceder a reposição inflacionária se as contas do Estado estiverem equilibradas.

A nova legislação cria um indicador que atesta a capacidade do Estado em fazer o pagamento do benefício.

Segundo a proposta de Mendes, este indicador – chamado Capacidade Financeira de Pagamento – é calculado dividindo as chamadas Despesas Totais Custeadas com a Receita Ordinária Líquida do Tesouro pela Receita Ordinária Líquida do Tesouro.

Já nova legislação do Fethab aumenta a contribuição referente às operações internas com soja, gado em pé e madeira.

O  texto ainda inclui na contribuição as operações internas com milho e cana-de-açúcar.

O novo projeto cria ainda novas alíquotas para as operações de exportação referente à soja, à carne desossada das espécies bovina ou bufalina, à carne com osso e às miudezas comestíveis das espécies bovina ou bufalina, o milho e o algodão.

Há ainda dois outros projetos: o que cria a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual e o da reforma administrativa.

(Fonte: Midianews)

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