Deputado federal eleito por MT é preso antes de fazer palestra em Rondonópolis

Produtores no sindicato Rural de Rondonópolis, nesta 6ª, aguardam o começo do Mais Milho; e Neri Geller ausente

O deputado federal eleito por MT, Neri Geller (PP) seria um dos palestrantes da terceira temporada do Projeto Mais Milho, nesta sexta(9), no sindicato Rural de Rondonópolis, junto com o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). A abertura, às 8h30, foi com pronunciamento do próprio Blairo, que fez avaliação dos cenários políticos e econômico para 2019. Mais de 300 produtores se inscreveram.

Bem antes do evento, por volta de 5h30, ainda no hotel, Neri recebeu voz de prisão de agentes federais. Pesa sobre ombros de Neri a acusação de que teria recebido R$ 250 mil em propina da JBS em 3 de novembro de 2014. Respondia como ministro de Agricultura do Governo Dilma. No mesmo dia que recebera tal pagamento, na sede do Ministério, Neri posou para fotografia ao lado de Florisvaldo Oliveira, chamado de homem da mala. Nas delações, Florisvaldo surge como responsável pela entrega de propina a políticos da empresa produtora de carnes.

A imagem que acabou por comprometer Neri Geller, em pose ao lado do homem da mala da JBS, Florisvaldo Oliveira

Defesa e vaga

Neri Geller, que até as 11 horas ainda estava em Rondonópolis sob custódia da PF, será levado para Brasília, assim como outros presos na operação Capitu, como um dos donos da JBS, Joesley Batista, os executivos Ricardo Saud e Demilton de Castro, parlamentares e o vice-governador de Minas, Antonio Andrade.

Os advogados de Neri buscam mais informações do processo para preparar a defesa. Há uma preocupação quanto ao tempo que o ex-ministro e ex-secretário Nacional de Política Agrícola ficará em cárcere. Se for provisória, vindo a ganhar liberdade em cinco dias, o prejuízo não será tanto porque conseguirá salvar o mandato.

Mas, caso a Justiça decrete prisão preventiva, corre-se risco de Neri, eleito à Câmara com 73.072 votos, ficar impedido de ser diplomado em solenidade no próximo mês e, consequente, sem poder tomar posse. Nesse caso, sua cadeira seria ocupada pela primeira-suplente, a ex-presidente do Procon-MT por quase 10 anos, Gisela Simona, que concorreu pelo Pros e obteve 50.682 votos.

gisela simona 680

Gisela Simona, no RDTV, no ano passado. Ela deve assumir Câmara, caso Neri Geller fique impedido de tomar posse

(Fonte: RDnews)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *