Dom Juventino: Rondonópolis perde o bispo dos pobres e oprimidos

Amigo da imprensa: Dom Juventino com Erik Valeriano, da Associação dos Jornalistas do Sul de MT

O humanismo chora a perda de mais um guerreiro do bem. Morreu de parada cardíaca às 9h45m deste domingo (28/03) o bispo de Rondonópolis e Guiratinga, dom Juventino Kastering. Ele estava internado por conta da covid 19, havia se recuperado da doença, mas foi sucumbido por suas sequelas. O religioso tinha 75 anos e estava há 23 cumprindo seu sacerdócio como principal autoridade católica na região sul do Mato Grosso.

O anúncio da morte de Dom Juventino comove diversos setores da comunidade rondonopolitana, pois era uma referência do movimento de resistência das camadas mais populares, oprimidas e marginalizadas. Apesar da discrição, não abria mão da opção que sua igreja fez em amparar e defender os excluídos.

Amigo da imprensa e de seus profissionais, a morte do religioso foi recebida com tristeza. Mais uma notícia que os trabalhadores da comunicação não queriam dar, mas são obrigados pela missão quase sacerdotal de reportar os fatos. Mais uma vítima, que não é apenas estatística. Mais uma vida perdida pelas sequelas da covid, fortalecida no Brasil pelo negacionismo de quem deveria liderar seu combate.

O jornalista e professor Erik Valeriano, da Associação dos Jornalistas da Região Sul de MT, fez um relato em tom de desabafo pelas mortes e contra o que ele classificou de idiotismo de muitos, que ainda pregam a negação contra a vida e acabam fortalecendo a morte. “Que perda. Tive o privilégio de conhecer, conviver e entrevistar Dom Juventino. Um grande líder, não apenas religioso. Um cara diferenciado, fora de série, que pena sua morte. Mais uma pessoa assassinada pela ignorância, negacionismo, intolerância e pelo idiotismo. Perdemos uma grande pessoa”, desaba Erik.

Como os médicos atestaram que Dom Juventino não estava mais com o vírus ativo, ou seja, sem risco de transmissão, haverá liberação para o velório de seu corpo. Conforme nota da Diocese, a despedida ao bispo será na Catedral Santa Cruz, em urna especial e obedecendo todas as recomendações sanitárias.

 

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