Dourados aborda Transtorno do Espectro Autista com profissionais da Rede Municipal de Saúde
A Sems (Secretaria Municipal de Saúde) organiza, por meio da equipe da (PAI) Policlínica de Atendimento Infantil, o seminário “Autismo – Com amor e carinho as peças se encaixam”. O evento acontece no auditório do CAM (Centro Administrativo Municipal) em três dias, começando na terça-feira (25) e segue até esta quinta-feira (27), com o mesmo conteúdo, porém com turmas diferentes para atingir o máximo de servidores possíveis.
Direcionado para os profissionais de saúde que atendem na atenção primária, o seminário foi dividido em três turmas para que médicos, dentistas, enfermeiros, integrantes da equipe multidisciplinar, agentes comunitários e coordenadores das unidades possam receber informações que ajudariam para um diagnóstico precoce do TEA (Transtorno do Espectro Autista). Alguns sinais podem ser identificados ainda nos primeiros anos de vida, embora o diagnóstico de um profissional seja dado apenas entre os quatro e cinco anos de idade.
“A intenção é sensibilizar os profissionais da atenção primária para esse diagnóstico, para que fiquem mais atentos aos sinais, às características do transtorno. Quando se tem um olhar mais atento, pode-se levar casos para investigação e se evita que uma pessoa chegue à idade adulta sem um diagnóstico. Alguns casos mais leves não são percebidos tão cedo e a criança passa anos sem a atenção devida e é isso que queremos evitar”, explica o secretário de Saúde, Waldno Lucena.
Coordenadora da PAI, Amanda Scherer diz que essa troca de informação ajuda no encaminhamento e orientação das famílias para um diagnóstico precoce. “Essas crianças e até adultos com o transtorno chegam primeiro à Unidade Básica de Saúde. Então esses profissionais auxiliam em uma melhor acolhimento e orientação à essa família e para se iniciar um atendimento especializado”, explica.
Segundo a enfermeira Marlayne Mendes Wolf Viegas, atualmente são atendidas aproximadamente 170 pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista. Destas, entre 90 e 100 crianças passam por tratamento na Policlínica. “Nós apresentamos também o fluxo desse atendimento na rede SUS, qual a porta de entrada dessa criança, quais serviços são encaminhados, que tipo de atendimento é prestado”, completa.
Abril Azul – O seminário faz parte das atividades do Abril Azul, mês estabelecido pela (ONU) Organização das Nações Unidas como forma de conscientizar as pessoas e dar visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), uma em cada 160 crianças no mundo tem TEA.
O autismo funciona em níveis, ou seja, ele pode se manifestar de forma leve até uma forma mais severa. Esse diagnóstico detalhado será dado por um profissional da saúde. Algumas características como dificuldade de interação social, dificuldade em se comunicar, hipersensibilidade sensorial, desenvolvimento motor atrasado e comportamentos repetitivos ou metódicos podem identificar a presença do TEA.
(Assessoria PMD)