Doutor em Filosofia, professor diz que massacre na escola de Suzano reflete a banalização do mal
O professor doutor Manoel Motta, fez uma breve análise sobre a tragédia que se abateu sobre a cidade de Suzano na manhã desta quarta-feira, quando dois adolescentes abriram fogo contra trabalhadores e estudantes de uma escola. De acordo com Motta, que também é suplente de senador, a instituição “escola” sempre, para o bem ou para mal, está no centro do debate ideológico.
Conforme o professor, agora o debate se materializa em violência nesse massacre na escola em Suzano no Estado de São Paulo. “O que antes se resumia a discussão da existência ou não da mamadeira de piroca, kit gay, doutrinação de ideário de esquerda e da reivindicação de militarização da relações pedagógicas, da escola sem partido e da opção das famílias se responsabilizar pela educação fundamental das crianças em casa, é tragicamente objetivado em violência e morte”, ponderou.
Manoel Motta, que é pós doutor em Filosofia, afirma que, infelizmente, essas explosões de violência não lhe surpreende. “É a violência dos valores do lumpesinato (camada social carente de consciência política), circulando livremente na sociedade civil e no Estado. Parece que estamos vivendo tempos de “banalização do mal”, como diria Hannah Arendt (filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX)”, parafraseou
A pedagogia bélicosa também reflete no ensino dos profissionais da saúde. Os médicos durante sua formação aprende que o sistema imunológico de defesa bélica do hospedeiro, como na verdade é uma relação ecológica entre nosso organismo e a microbiota que são fundamentais para a nosso existência até em situação de colonização de patogenos e uso de antibióticos que afeta o equilíbrio e nossa saúde e ativam nossa imunidade
No ensino médico é relatado cono sistema de defesa belicoso e isso reflete no comportamento e compreensão dos profissionais de saúde como uma guerra entre os homens e o agentes patógenos.