Eduardo Cunha usou decisão de Arthur Lira em ação para anular cassação

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, usou de uma alteração regimental feita pelo atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), para justificar uma ação na Justiça que até o momento devolve seus direitos políticos.

O ato que muda o rito para cassação por quebra de decoro parlamentar foi assinado por Lira em agosto do ano passado, desenhado durante o julgamento da então deputada Flordelis (PSD-RJ): o novo documento –que Lira reconheceu como uma manobra– fez com que a decisão saísse do Conselho de Ética e fosse direto para o Plenário.

Em setembro de 2021, Cunha entrou com uma ação na Justiça cobrando a aplicação da nova sistemática ao seu caso, concluído ainda em 2016.

Entre os dois, há semelhanças não apenas no cargo máximo ocupado, mas também nos seus entornos: ambos ficaram conhecidos como os líderes do Centrão, atuando para manter uma base firme de apoiadores a seus interesses na casa. E ambos hoje atuam, em suas bases, pela eleição de Jair Bolsonaro (PL) a um segundo mandato como presidente.

Ao jornal Folha de S. Paulo, ambos negaram que esse evento fosse uma jogada ensaiada.

Com a disputa judicial em curso, Cunha voltou a se candidatar este ano para deputado federal, pelo PTB em São Paulo. Seu patrimônio, após os anos de Lava Jato, cresceu significativamente.

(Fonte: Folha de S. Paulo)

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