Educação em greve: “Ser professor hoje é atividade insalubre”, diz deputada do MT
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) disse que o governo do estado deve apresentar hoje aos deputados estaduais uma resposta as sugestões levadas por eles para por fim à greve da educação em Mato Grosso.
“Nós tivemos uma reunião com o governador na semana passada e hoje teremos mais uma pra ver se alguma das sugestões dadas pelos deputados consegue partir de uma proposta do executivo, por que tudo que levamos para ele não tinha nenhum estudo de impacto financeiro. Uma das sugestões que eu considerei mais plausível é se prorrogar a vigência da lei, não havendo assim prejuízo total aos servidores. Talvez haja um impacto no momento para os servidores que deixam de receber, mas criando a possibilidade de eles continuarem a receber por um prazo maior que 2023. Então ficou essa sugestão para o governador”, explica.
Segundo a paramentar, outra sugestão foi a equiparação do salário base às demais categorias de nível superior. “Outra sugestão dada é equiparar o salário base com os demais servidores de nível superior, que isso falta pouco, se não me engano algo em torno de R$ 300 para que o salário fique equilibrado com o salário de outras categorias de nível superior. Outra questão sugerida foi fazer um parcelamento, mas que eu não achei tão prudente porque já vimo no passado isso não dar certo. Oque eu percebo dos servidores é que eles não querem perder a lei, que foi uma conquista pra deles. Então foi isso que apresentamos ao governador para que ele nos dê uma resposta hoje, já que nenhuma traz impacto financeiro atual”, disse.
Dentre os argumentos utilizados pela deputada para sensibilizar o governador, é a situação enfrentada pelos professores em sala de aula. “Eu fiz algumas ponderações com o governador e pontuei a ele sobre a necessidade de valorização e a situação da função professor nos dias de hoje que não é mais como antigamente. Hoje eles têm que lidar com drogas dentro de sala de aula, com violência e alunos que vão armados pra escola. Então ser professor virou uma atividade de alta periculosidade e também insalubre pelas condições físicas das escolas de Mato Grosso”, finalizou a deputada ao reforçar que ainda hoje deve se reunir com o governador.