Em 10 anos, reforma de pneus economizou 5 bilhões de litros de petróleo
Cada pneu reformado economiza 50 litros de petróleo. Na última década foram evitados o consumo de 5 bilhões de litros com a utilização de tecnologia reversa para a reforma de pneus. Os dados foram apresentados pela Associação Brasileira de Reforma de Pneus (ABR) ao secretário Nacional de Qualidade Ambiental, André Felisberto França, durante visita a Cuiabá, na quinta-feira (29).
O representante do Governo Federal conheceu uma reformadora no Distrito Industrial e pode acompanhar de perto como essa produção é importante para o meio ambiente e impacta positivamente a economia brasileira. “Imagine se toda essa quantidade de produto fosse descartada apenas”, pontuou.
De acordo com o secretário, essa atividade une economia, qualidade e preservação ambiental. “Se esses pneus não fossem reformados, seriam descartados. São sete milhões de pneus reformados no Brasil por ano, o que permitiu que na última década fossem economizados mais de 5 bilhões de litros de petróleo. Além dos impactos ambientais, essa é uma atividade que também é muito importante para a economia. O Brasil é um país predominantemente rodoviário, 60% das cargas são movimentadas sobre pneus”.
O diretor da Associação das Empresas do Distrito Industrial (Aedic), Chico do Porto, explicou que por ano, são reformados mais de sete milhões de pneus de carga (ônibus e caminhões) e em torno de 50 milhões de veículos de passeio. “Esse é um trabalho muito importante, pois conseguimos aumentar o tempo de vida do pneu em até três vezes. É um alto impacto que isso causa”, destacou.
A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, também acompanhou a visita. Ela ressaltou o avanço tecnológico utilizado pela indústria, que permite transformar resíduo em produto comercial. “Essa atividade retira resíduo do meio-ambiente, gera emprego, renda, tudo a partir da transformação”.
O setor de reforma de pneus movimenta a economia de forma sustentável. De acordo com o diretor da Buzetti Pneus, Luiz Buzetti, o setor gera cerca de 250 mil postos de trabalho diretos e indiretos. “Cerca de 68% das cargas em circulação no Brasil estão sob pneus”, ilustrou.
Redução de impactos
Para fabricar um pneu novo, de acordo com dados da ABR, são utilizados 79 litros de petróleo enquanto a recapagem utiliza apenas 29. “É um impacto muito grande em relação à redução de resíduos. Ficamos satisfeitos em vermos um representante do Governo ter vindo conhecer de perto esse setor”, finalizou o representante da Aedic. (Da assessoria)