Mulheres: Em Rondonópolis, luta contra violência vai para dentro do presídio feminino

A rede de luta e defesa dos direitos das mulheres está mobilizada em Rondonópolis, dentro dos “16+5 Dias de Ativismo contra Violência”, campanha mundial e que é realizada nas principais cidades brasileiras. Neste ano, a mobilização é voltada principalmente para mulheres negras, encarceradas, que enfrentam litígios judiciais e vítimas de assédio e de violência doméstica, além de meninas submetidas ao casamento infantil e vítimas de violência. Outro público que a campanha pretende atingir são mães de crianças autistas.

Na manhã dessa sexta-feira(30), as atividades foram realizadas dentro do presídio feminino, com palestras e ações recreativas com as internas locais, seguida de café da manhã.

A campanha em Rondonópolis tem a participação direta da Prefeitura – por intermédio das secretarias de Saúde e Assistência Social -, com apoio do Conselho Municipal das Mulheres e tem como objetivo despertar o empoderamento feminino e, principalmente, estimular as mulheres ao enfrentamento desse crime, que ocorre na maioria das vezes dentro de casa. A defesa dos direitos começa quando existe a denúncia e o registro da ocorrência para que as providências sejam tomadas e a rede de proteção acionada, observam as representantes dos organismos de apoio.

Uma das convidadas do evento realizado na cadeia feminina de Rondonópolis foi a juíza Maria Mazarello, que destacou a importância do enfrentamento contra a violência física e psicológica. Falando para um público onde a maioria absoluta está presa por tráfico de drogas por imposição de seus companheiros, a magistrada falou da necessidade delas terem uma nova vida, de liberdade plena, quando estiverem cumprido a pena.

Katiene Salomão Correia, presidente do Conselho da Mulher, destacou a importância do engajamento das mulheres na luta em defesa de seus direitos, citando o apoio que elas podem ter ao chamarem para si a necessidade de ter uma vida digna, sem violência.  

Além de Maria Mazarello e Katiene Correia, a atividade na cadeia feminina contou com as presenças da diretora da da unidade prisional, Silvana Lopes; da coordenadora da Pastoral das Mulheres Marginalizadas, Nivalda Duarte; e da professora Anitta Cristina Rocha, da UFMT, além de Edna Rodrigues Soares e Maríúva Valentim, da Secretaria Municipal de Saúde.

(Fotos: Matusalém Teixeira)

 

 

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