‘Eu empurro essa causa’: Movimento realiza manifestação de apoio aos deficientes, em Campo Grande
Uma iniciativa idealizada nas redes sociais por mães de crianças com deficiência que necessitam do Benefício de Prestação Continuada (BPC), o movimento “Eu empurro essa causa” luta para conseguir uma revisão da renda per capita máxima permitida para ter direito ao benefício.
Atualmente é preciso que a renda não ultrapasse um quarto do salário mínimo, ou seja, um valor de R$247 por pessoa, no entanto, segundo familiares, esse valor não confere com a realidade de quem tem um filho com necessidades especiais.
Por isso, integrantes do movimento convidam a todos para uma manifestação pacífica que vai acontecer em todo país no dia 16 de fevereiro.
“Sábado, dia 16, vai acontecer essa manifestação, vai ser tudo de forma pacifica, vai ter apoio policial, vamos fazer uma caminhada com início previsto para as 9 horas da manhã, ali na Praça do Rádio, na Avenida Afonso Pena”, conta Lilidaiani Cruz Ricalde, de 37 anos, integrante do movimento em Campo Grande.
Ela tem um filho de 2 anos, que teve uma má formação na coluna, mielomeningocele. Ela deixou de trabalhar para cuidar do filho e reforça serem absurdos os requisitos para conseguir o benefício.
“É absurdo considerando os gastos, é preciso consciência, é preciso que o povo perceba o poder que tem e lute pelos seus direitos, por isso convocamos a população. Tudo é muito caro, só quem tem um filho nessas condições sabe. A despesa ultrapassa mil reais fácil, e ainda tem outros gastos”, explica.
Manifestação
A manifestação está prevista para acontecer em todos os Estados que aderiram à causa. Em Campo Grande, já são mais de 80 integrantes. Para participar basta ir a Praça Ary Coelho, às 9h, região Central de Campo Grande. Os envolvidos podem ir de branco e levar os seus filhos como forma de dar força ao movimento.
Entre as reivindicações
Que todo deficiente, independente do grau, seja beneficiado e modificar o valor de renda exigida de um quarto do salário mínimo por pessoa, para três salários mínimos por família.
Caso seja comprovado gastos maiores que valor decretado, que a pessoa também seja beneficiada, se em uma mesma família tiver mais de um deficiente analisar a concessão de um segundo benefício ou valor de renda complementar adequada para o custeio de gastos como tratamentos, medicamentos e equipamentos.
(Topmidianews)